Na quinta-feira, a aprovação do ‘Big Beautiful Bill’ marcou uma vitória importante para Donald Trump, consolidando ainda mais seu controle sobre o Partido Republicano. Apesar de resistência por parte de alguns membros que se opuseram ao aumento da dívida e aos cortes em programas sociais, Trump conseguiu pressionar a bancada a apoiar sua agenda, que inclui cortes de impostos para os ricos, aumento da deportação de imigrantes e fortalecimento dos gastos militares.
Trump fortalece seu domínio no Partido Republicano com votação apertada
A aprovação do projeto foi acirrada, com apenas dois republicanos votando contra na Câmara — Thomas Massie, do Kentucky, e Brian Fitzpatrick, da Pensilvânia. Na votação final, o projeto foi aprovado por 218 votos a 214, com todos os democratas votando contra. No Senado, o cenário foi semelhante, com a vitória decidida por um voto de desempate do vice-presidente J.D. Vance após alguns senadores, incluindo Susan Collins e Rand Paul, votarem contra o texto.
Segundo o analista político Whit Ayres, a força de Trump dentro do partido é “quase total”, permitindo que ele domine a agenda legislativa e avance com suas propostas, mesmo diante de forte resistência de setores mais moderados.
Desafios na divulgação e possíveis reações públicas
Com apenas 29% de aprovação segundo uma pesquisa da Quinnipiac University, o seu apoio popular ao projeto é baixo, enquanto 55% da população rejeita a medida. Os cortes em programas sociais e o aumento do déficit podem gerar reações negativas e favorecer o fortalecimento dos democratas nas eleições de 2026, especialmente se os apoiadores de Trump perderem benefícios importantes, como o acesso à saúde.
O que vem a seguir
Trump planeja assinar oficialmente a lei nesta sexta, às 17 horas, durante uma cerimônia no Jardim do Rose Garden, com jatos B-2 sobrevoando a Casa Branca. A estratégia de Trump agora é vender a medida à opinião pública, mesmo com a rejeição significativa, para evitar prejuízos políticos que possam enfraquecer sua influência e sua credibilidade junto ao eleitorado.
Especialistas alertam para o risco de perdas de apoio entre eleitores de Trump devido às consequências dos cortes sociais, o que pode impactar a sua base nas próximas eleições.