Na quarta-feira (2), foi preso em Campinas, Luciano da Silva Bento, de 30 anos, investigado por tentativa de latrocínio. Ele é apontado como o principal suspeito do assassinato de Gyovanna Aline Lopes Ribeiro, uma adolescente de 15 anos, que foi morta durante um roubo de celular em Hortolândia (SP) no último domingo (29). O caso reacende preocupações sobre a segurança pública na região, especialmente entre os jovens.
Histórico criminal de Luciano da Silva Bento
De acordo com informações da Polícia Civil, Luciano já possui um histórico criminal extenso, com dez passagens pela polícia desde 2011, que incluem crimes como roubo, posse irregular de arma de uso restrito e tráfico de drogas. Seu primeiro registro policial ocorreu quando ele ainda era adolescente, mas detalhes desse crime não foram divulgados.
Além das acusações relacionadas ao caso de Gyovanna, ele estava sob um mandado de prisão emitido pela 1ª Vara de Campinas devido a uma tentativa de latrocínio ocorrida no dia 15 de junho. A investigação que levou à sua prisão atual se intensificou com o depoimento da amiga de Gyovanna, que estava com ela no momento da tragédia.
Detalhes do crime em Hortolândia
As circunstâncias do crime são particularmente sobressalentes. Durante a abordagem, o suspeito, que estava em uma motocicleta, exigiu os celulares das adolescentes. Ao reagir, Gyovanna foi baleada pelo criminoso. A amiga teve a presença de espírito necessária para escapar da situação, mas não conseguiu salvar a amiga, gerando uma onda de tristeza na comunidade.
Investigações e evidências
O delegado João Jorge Ferreira da Silva, do 1º Distrito Policial de Hortolândia, destacou que as investigações foram agilizadas com a contribuição da amiga de Gyovanna, que conseguiu fornecer informações cruciais sobre o ataque. As imagens de câmeras de segurança da área também foram fundamentais para identificar o suspeito.
“A oitiva da garota, da sobrevivente, ela não só foi decisiva como foi determinante. A partir disso, pudemos confirmar a identidade do autor através de imagens de câmeras e acompanhamento por parte das equipes de investigação”, afirmou o delegado em uma coletiva de imprensa.
Repercussão na comunidade e solidariedade
A morte de Gyovanna deixou profunda comoção na comunidade de Hortolândia. Para muitos, esse luto não se refere apenas à perda de uma jovem cheia de sonhos, mas também ao retrato de uma sociedade em luta contra a violência. Gyovanna, que sonhava com a faculdade e novas experiências, teve sua vida interrompida aos 15 anos de idade. O luto enlutou não apenas a família, mas todos que conheciam a adolescente.
A mãe de sua amiga, emocionada, relatou momentos que antecederam o assalto, mostrando como a intuição da jovem sobre o perigo não foi suficiente para evitar a tragédia. “A Gyovanna tinha muito projeto, tinha sonhos de faculdade, viagem… Então, é muito triste, porque interrompeu a vida dela, né? 15 anos só”, desabafou.
Desafios para a segurança pública
Com o aumento da violência, especialmente envolvendo jovens, a discussão sobre a segurança pública em cidades como Hortolândia e Campinas se torna cada vez mais relevante. Estatísticas criminais da Secretaria de Segurança Pública (SSP) apontam que, se confirmado como latrocínio, este caso se tornará o primeiro na cidade desde outubro de 2023.
Conclusão
O caso de Gyovanna Aline Lopes Ribeiro e a prisão de Luciano da Silva Bento revelam não apenas um crime hediondo, mas a necessidade urgente de ações efetivas em políticas de segurança pública. A sociedade aguarda por respostas e soluções que possam prevenir novos episódios de violência e garantir a segurança de adolescentes e da população em geral.