Brasil, 4 de julho de 2025
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Corredor de 40 anos morre em Teresina com miocardiopatia hipertrófica

Edson da Silva Ferreira, diagnosticado com miocardiopatia, faleceu após treino; nutricionista defende que não usava substâncias proibidas.

Na última terça-feira (1º), a comunidade esportiva de Teresina recebeu a triste notícia do falecimento de Edson da Silva Ferreira, um corredor de 40 anos diagnosticado com miocardiopatia hipertrófica. A condição genética o levou a entrar em colapso após um treino noturno, resultando em sua morte repentina. Este trágico evento levantou questões sobre a saúde cardiovascular de atletas e a importância dos cuidados médicos antes de iniciarem a prática de atividades físicas.

Desempenho atlético e dedicação

Edson da Silva começou a se dedicar intensamente aos exercícios físicos há cerca de dois anos e meio. Segundo seu nutricionista e farmacêutico João Pedro Brito, Edson tinha um estilo de vida que começou a melhorar, levando-o a alcançar um ótimo condicionamento físico. “Ele não saía da dieta e fazia cardio [exercícios cardiovasculares] com frequência”, comentou João Pedro em uma rede social.

Edson participou de sua primeira competição de fisiculturismo em maio de 2025 e estava animado com as mudanças em seu corpo. João Brito relatou que, para o campeonato, eles ajustaram a ingestão de carboidratos e manipularam a hidratação, mas ressaltou que Edson não fazia uso de diuréticos ou substâncias estimulantes. Infelizmente, após um treino intenso, ele passou mal e faleceu, levando a uma série de investigações médicas.

O que é a miocardiopatia hipertrófica?

A miocardiopatia hipertrófica é uma condição genética que afeta a estrutura do coração, fazendo com que o músculo cardíaco se torne mais espesso. O cardiologista Fernando Giordano explicou que essa condição pode levar a arritmias cardíacas e, em casos extremos, a morte súbita. O diagnóstico precoce é fundamental, e ele recomendou que atletas e pessoas fisicamente ativas realizem exames como eletrocardiogramas e ecocardiogramas regularmente.

“A miocardiopatia pode ser silenciosa, e muitos não têm conhecimento do seu histórico familiar”, alertou Giordano. Ele enfatizou a importância de consultar um profissional de saúde se sintomas como falta de ar, dor no peito ou palpitações forem notados, especialmente em atletas que submetem seus corpos a intensos níveis de estresse.

Cuidados essenciais para atletas

A morte de Edson trouxe à tona a necessidade de uma maior conscientização sobre a saúde cardiovascular entre os atletas. Giordano explicou que, embora a prática de atividades físicas seja fundamental para o bem-estar, a intensidade dos treinos pode aumentar os riscos em indivíduos com condições cardíacas subjacentes. “É vital que os atletas estejam cientes de sua saúde e façam exames regulares.”, afirmou.

A miocardiopatia hipertrófica, apesar de ser uma condição delicada, pode ser tratada. Os médicos podem considerar várias opções, como a implantação de marcapassos ou até mesmo cirurgias para reduzir o crescimento do músculo cardíaco. “Cada caso é único, e precisamos avaliar individualmente”, concluiu Giordano.

A importância da prevenção

Os profissionais de saúde instam que todos, e especialmente aqueles que praticam esportes, acionem um alerta para qualquer sintoma que possa indicar problemas cardíacos. Edson da Silva Ferreira, que não conhecia seu diagnóstico até que foi tarde demais, serve como um lembrete trágico da necessidade de cuidados e atenção à saúde. “Todo cuidado é pouco”, enfatizou Giordano, destacando que a prevenção pode salvar vidas.

A triste história de Edson destaca não apenas a fragilidade da vida, mas também a importância dos cuidados preventivos na saúde do coração, especialmente para aqueles que praticam atividades físicas em alto nível, como o fisiculturismo e a corrida. Afinal, entender o nosso corpo e suas limitações é um passo fundamental para garantir um futuro mais saudável.

Os desdobramentos desse caso também podem influenciar a forma como eventos esportivos são organizados, e o quanto se fala sobre a saúde dos atletas. Perder um corredor dedicado e amante do esporte é um duro golpe, mas que também pode despertar uma maior consciência entre os atletas e seus profissionais de saúde.

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