Brasil, 4 de julho de 2025
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Washington Reis critica demissão na secretaria de Transportes

Após demissão determinada por Rodrigo Bacellar, político fluminense defende aliança com Cláudio Castro e critica a validade da decisão.

O clima político no Rio de Janeiro esquentou após a demissão de Washington Reis (MDB) da secretaria estadual de Transportes, uma decisão tomada pelo governador em exercício, Rodrigo Bacellar (União). Reis, uma figura influente no cenário político fluminense, não hesitou em criticar a posição de Bacellar, afirmando que sua assinatura “não vale nada”. Essa situação se torna ainda mais tensa considerando que o governador titular, Cláudio Castro (PL), estava incomunicável, viajando de avião, no momento em que a demissão foi publicada no Diário Oficial.

A resposta de Washington Reis

Reis reagiu de forma contundente à sua exoneração. “Não considero a exoneração, a assinatura desse rapaz não vale nada. Não foi eleito governador. Não tem tamanho nem para ser síndico de prédio”, declarou ele. O cacique do MDB se mostrou confiante de que ainda conta com o apoio do governador Cláudio Castro, que, segundo Reis, o contatou informando que ele deveria continuar seu trabalho tranquilamente, ressaltando a aliança entre eles.

A tensão entre Reis e Bacellar vinha crescendo nos últimos dias. Além de seu desejo de concorrer nas próximas eleições, Reis também tem feito aproximações com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), um movimento que pode ser interpretado como uma ação estratégica, uma vez que Paes é um adversário central do grupo político que apoia Castro.

O contexto da demissão

Na tarde de quarta-feira, enquanto Castro estava a caminho de Lisboa para participar de um fórum jurídico com autoridades como o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, Bacellar, que assumiu temporariamente o governo, decidiu tomar a medida que causou frisson político. As fontes próximas ao governador Cláudio Castro confirmaram que ele não foi informado previamente sobre a demissão e só teria conhecimento do ocorrido ao pousar na capital portuguesa.

No retorno à situação, Bacellar, que ocupava o cargo interinamente, rebateu Reis, classificando-o como “insubordinado”. Para o governador em exercício, a dinâmica política requer que ele mantenha uma equipe alinhada com sua própria visão, e Reis, optando por se relacionar com Paes e o ex-presidente Lula, se distanciou do que Bacellar considera sua base de apoio, a aliança com Bolsonaro.

As implicações políticas

A troca de farpas entre Reis e Bacellar lança luz sobre as complexas relações de poder no Rio de Janeiro. A política fluminense tem sofrido uma reviravolta nas alianças, o que pode ter grandes consequências nas próximas eleições. A própria fala de Reis sobre a “vergonha” em relação à convocação da CPI da Transparência evidencia um clima de enfrentamento na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que pode afetar alianças e direcionar novas estratégias eleitorais.

O cenário para as próximas eleições se apresenta cada vez mais nebuloso, com Reis como uma figura a ser observada. Sua movimentação ao lado de outro político influente como Eduardo Paes pode constituir um novo eixo de poder, desafiando as atuais estruturas. Além disso, essa crise de liderança e o embate público entre Reis e Bacellar colocam em evidência uma luta pelo controle da narrativa política no estado.

Um futuro incerto

À medida que a crise se desenrola, os próximos passos de Washington Reis se tornam um tópico de interesse e especulação. A forma como ele consegue canalizar esse tumulto político em sua campanha, somada a sua relação com aliados estratégicos e adversários, determinará seu futuro dentro da política fluminense. Os desdobramentos dessa situação são certos de moldar não só a dinâmica entre os políticos envolvidos, mas também o cenário eleitoral do estado.

O Brasil, e especialmente o Rio, observam cada movimento desta nova fase política, que já evidencia tensões e alianças que podem definir o futuro da governança na região. Com Reis e Bacellar em lados opostos, a luta pelo poder continua a ser um espetáculo dignamente intricado, típico da política brasileira.

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