O Índice GS1 Brasil de atividade industrial registrou uma alta de 15,8% em junho, na comparação dessazonalizada com maio, demonstrando a resiliência do setor. Apesar do avanço, o indicador mostra que, frente a junho de 2024, acumula uma retração de 5,7%, e no acumulado de 12 meses a variação permanece negativa em 0,8%. No acumulado do ano, a queda é de 3,7%, refletindo oscilações do primeiro semestre.
Indústria mostra sinais de recuperação impulsionada por inovação
O índice mede a intenção de lançar novos produtos na indústria, um importante termômetro antecipado da atividade industrial e tendências de inovação. Segundo Virginia Vaamonde, CEO da GS1 Brasil, o desempenho de junho reforça a capacidade de adaptação da indústria brasileira. “A recuperação parcial revela a resiliência do setor, especialmente nos segmentos de alimentos, vestuário e produtos diversos”, afirmou.
Setor de alimentos lidera crescimento com 47,6%
O setor de alimentos foi o destaque do mês, com avanço de 47,6% em relação a maio e de 46,1% na comparação com junho de 2024. No acumulado de 12 meses, a expansão chega a 33,3%. Desde o início do ano, a indústria alimentícia demonstra forte intenção de lançar novos produtos, com crescimento de 21,2% no primeiro trimestre e 2,2% no segundo, apesar de oscilações mensais, segundo dados da GS1.
Estratégia de diversificação e inovação no mercado doméstico
Em junho, segmentos como carnes de aves e pães destacaram-se por aumentos expressivos na intenção de lançamentos, uma resposta às demandas por variedade, conveniência e inovação, especialmente para consumo doméstico. “A indústria busca adaptar-se às mudanças no comportamento do consumidor, ampliando a oferta de produtos variados e inovadores”, ressalta Virginia.
Comportamento do consumidor e perspectiva futura
Complementando as tendências de mercado, uma pesquisa revelou que a maioria dos cariocas realiza compras em diversos mercados em busca de promoções para economizar, refletindo a busca por melhores oportunidades de consumo. O desempenho de junho evidencia o fortalecimento da atividade industrial, ainda que a recuperação completa dependa de fatores externos e internos do cenário econômico.
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