Brasil, 4 de julho de 2025
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Jovem de 18 anos fica seis dias em detenção do ICE procurando por pai

Garoto brasileiro foi preso de forma arbitrária ao procurar seu pai, enfrentando condições desumanas na prisão, gerando indignação nacional

Na semana passada, Marcelo Gomes da Silva, um jovem de 18 anos do Massachusetts, passou seis dias preso na detenção do ICE enquanto buscava seu pai na cidade de Burlington, nos Estados Unidos. A história chocou o país diante das condições precárias enfrentadas por ele e outros detidos. Segundo relato do próprio jovem, sua experiência na cadeia revelou situações de negligência e abuso, ampliando o debate sobre a política de imigração do governo atual.

Detenção de adolescente por busca familiar levanta polêmica

Marcelo, que entrou legalmente nos EUA com visto de estudante, foi preso enquanto se dirigia à prática de vôlei, após agentes do ICE identificarem seu pai, procurado por autoridades. Sua advogada afirma que ele possui um visto de estudante expirado, porém, não possui antecedentes criminais. Sua prisão, segundo especialistas, evidencia o uso excessivo e muitas vezes ilegal de detenção de pessoas sem condenação ou ameaça à segurança pública.

Após ser libertado mediante pagamento de fiança, Marcelo falou à imprensa sobre as condições da cadeia. “Esse lugar não é bom. Está tudo errado”, afirmou em vídeo divulgado pelo NBC10 Boston. Ele relatou que ficou seis dias sem banho, numa sala com aproximadamente 40 homens e sem atendimento adequado. “Eles me colocaram numa sala com homens de 30 e poucos anos. Ainda assim, o atendimento era muito precário”, contou, visivelmente emocionado.

Condições desumanas e indignação social

Relatos de Marcelo e relatos de ativistas apontam para condições deploráveis na instalação do ICE: falta de camas, alimentação precária — ele afirmou estar comendo apenas bolachas — e ausência de higiene. “Eu só tinha comigo a minha fé e o que conversava com outros presos sobre a Bíblia”, disse o jovem. Uma porta-voz da família declarou que suas principais necessidades, como comida e espaço, não estavam sendo atendidas.

Internautas e organizações de direitos humanos reagiram ao caso, condenando a situação. Comentários ressaltaram que “ninguém deveria passar por isso”, e que tratar seres humanos como ilegais é desumano. “Não tire a dignidade dessas pessoas por questões de política”, comentou um usuário. Especialistas questionam a real necessidade dessas detenções e criticam o que consideram um sistema para impedir famílias de se reunirem de forma arbitrária e traumática.

Controvérsia sobre uso de instalações e políticas de imigração

Segundo relatos de ativistas, a instalação onde Marcelo ficou detido foi originalmente criada para instalações rápidas, mas, devido às quotas de apreensão estabelecidas pelo governo Trump, esses espaços estão sendo utilizados como centros de detenção prolongada, muitas vezes em condições inadequadas. Alguns legisladores denunciaram a superlotação e as más condições, que têm causado preocupação sobre a vulnerabilidade dos imigrantes, muitos dos quais apenas procuram reencontrar familiares ou buscar uma vida melhor.

De acordo com reportagem do Boston.com, essas instalações estão sob forte pressão, com relatos de detidos dormindo no chão e sem acesso adequado a alimentação e higiene. Marcelo, que atuou como tradutor para outros presos e chorou ao explicar suas experiências, reforça a urgência de um debate sério sobre a política de imigração nos Estados Unidos e seu impacto na vida de jovens como ele.

Perspectivas futuras e reflexão

A história de Marcelo Gomes da Silva expõe feridas profundas relacionadas às condições de encarceramento e às políticas de imigração agressivas. A sociedade, organizações de direitos humanos e autoridades ainda precisam refletir sobre as práticas adotadas, buscando soluções que garantam os direitos básicos e a dignidade de quem busca uma vida melhor fora de seu país de origem.

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