Brasil, 7 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Sean ‘Diddy’ Combs é condenado por dois crimes menores em tribunal federal

Diddy foi condenado por transportar parceiros para prostituição, mas foi absolvido das acusações mais graves de tráfico sexual e organização criminosa

O renomado empresário e produtor musical Sean “Diddy” Combs foi considerado culpado por duas das cinco acusações apresentadas na corte federal de Nova York, enquanto foi absolvido pelos principais crimes de tráfico sexual e conspiração de extorsão. O julgamento revelou detalhes de ações ilícitas envolvendo suas ex-parceiras e celebridades, marcando um capítulo importante na luta contra o abuso de poder na indústria do entretenimento.

Condenação por transporte para a prostituição e as acusações não comprovadas

Após semanas de depoimentos e testemunhos, o júri decidiu que Combs violou a Lei Mann ao usar suas viagens para levar ex-parceiras e trabalhadores do sexo masculino para encontros sexuais, mediante pagamento. Com ele, foram levadas a julgamento as ex-namoradas Casandra “Cassie” Ventura e uma mulher anônima, identificada apenas como Jane.

Com o veredito, o músico enfrenta potencial pena de até 20 anos de prisão, embora tenha sido afastado das acusações mais graves de tráfico de pessoas com uso de força, fraude e coerção, que incluíam sequestro, incêndio criminoso, trabalho forçado e suborno.

O julgamento e o recurso ao acordo de plea bargain

Antes do início do processo, Diddy rejeitou um acordo de confissão e optou por não prestar depoimento, enquanto sua defesa solicitou duas tentativas de anulação do júri por suposto abuso por parte dos promotores, sem sucesso. O time jurídico não chamou testemunhas, buscando reforçar sua estratégia de defesa, embora as acusações tenha sido sustentadas por dezenas de testemunhas, incluindo ex-funcionários, agentes do FBI e ex-companheiras.

Depoimentos das vítimas e as alegações de abuso

As testemunhas mais impactantes foram as ex-parceiras com relatos de coerção, uso de drogas e encontros forçados em hotéis, muitos dos quais foram filmados por Combs. Ventura declarou que os encontros, chamados de “freak-offs”, eram uma rotina exaustiva e traumática para ela e outras mulheres.

Regina Ventura, mãe de Cassie, também prestou depoimento, detalhando uma ameaça de Diddy de divulgamento de vídeos sexuais e uma cobrança de R$ 20 mil, fatos que fortaleceram a investigação e levaram a uma indenização de R$ 20 milhões por danos civis, em um acordo fechado em 2023.

Repercussões, testemunhos e o futuro do artista

Durante o processo, celebridades como Dawn Richard e Kid Cudi testemunharam sobre incidentes envolvendo violência doméstica e retaliação de Combs. Segundo relatos, o produtor foi agressivo e violento com várias mulheres ao longo dos anos, reforçando a narrativa de um padrão de comportamento abusivo.

Apesar das condenações menores, Combs responde a dezenas de ações civis por acusações de abuso sexual. O julgamento aponta para uma mudança no debate público sobre o uso de poder na indústria da música, com movimentos para Justiça e apoio às vítimas se fortalecendo no cenário nacional e internacional.

O artista ainda aguarda o início de sua sentença definitiva e possíveis recursos legais. A decisão marca um marco na luta contra os crimes sexuais envolvendo figuras públicas, demonstrando que a justiça busca responsabilizar homens de destaque, independentemente de sua fama ou fortuna.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes