Com o edital publicado, a edição de 2025 do Concurso Nacional Unificado (CNU) chega com mudanças relevantes que exigem atenção especial dos participantes na preparação. As principais alterações envolvem a troca da banca organizadora, que agora será a Fundação Getulio Vargas (FGV), e ajustes nos conteúdos e na estrutura das provas.
Nova banca e impacto na preparação dos candidatos ao CNU 2025
A mudança do organizador, de Cesgranrio para a FGV, é uma das novidades mais significativas. Letícia Bastos, professora do Gran Concursos, explica que a nova banca é mais exigente, cobrando uma interpretação de textos mais complexa, com enunciados longos que exploram sutilezas semânticas e gramaticais. “A prova tende a ficar mais difícil, principalmente para quem não está habituado ao estilo da FGV”, destaca Bastos.
Além do perfil mais rigoroso da banca, foram feitas alterações pontuais no conteúdo de conhecimentos gerais. Apesar de a estrutura básica dos temas permanecer semelhante à primeira edição, algumas mudanças na organização do cronograma de estudos são necessárias, especialmente na disciplina de Finanças Públicas, que foi substituída por uma nova área dedicada à tecnologia no trabalho.
Alterações no conteúdo e blocos temáticos do concurso
A estrutura do exame foi ampliada de oito para nove blocos temáticos, incluindo a criação de segmentos específicos para “Seguridade Social: Saúde, Assistência Social e Previdência”, além de divisões separadas para “Saúde” e “Regulação”. O bloco voltado à Seguridade Social foi incluído após a adesão do INSS ao certame, trazendo conteúdos específicos de direito previdenciário e assistência social.
Outra mudança importante refere-se ao conteúdo de disciplinas. Apesar de algumas matérias como Desafios do Estado de Direito, Políticas Públicas, Diversidade e Inclusão, Ética e Administração Pública Federal permanecerem semelhantes, a disciplina de Finanças foi retirada do núcleo comum. Algumas informações financeiras passaram a estar integradas à disciplina de Administração Pública Federal, com entendimento básico de funcionamento orçamentário, sem a profundidade das edições anteriores.
Novidades na avaliação para cargos de nível superior e intermediário
Para cargos de nível superior, a prova objetiva será composta por 90 questões, divididas entre Conhecimentos Gerais (30) e Conhecimentos Específicos (60), com peso 1 para cada questão. A avaliação discursiva incluirá duas questões dissertativas, cada uma com até 30 linhas e peso 22,5 pontos, totalizando 45 pontos, sendo 50% do valor na prova de língua portuguesa e 50% na avaliação técnica.
Já para cargos de nível intermediário, o exame terá 68 questões, sendo 20 de Conhecimentos Gerais e 48 de Conhecimentos Específicos, todas com peso 1, e uma prova discursiva de redação dissertativa-argumentativa, com até 30 linhas, que valoriza o domínio da Língua Portuguesa.
Recomendações para os candidatos se adaptarem às mudanças
Especialistas recomendam que os candidatos foquem na resolução de provas anteriores da FGV, pois essa prática ajuda a compreender o estilo da banca mais exigente. Além disso, é fundamental aprimorar habilidades interpretativas, aprofundar conhecimentos de gramática normativa e adaptar o cronograma de estudos às novas disciplinas, especialmente a de tecnologias no trabalho.
Segundo Fernando Maciel, professor do Gran Concursos, investir na leitura interpretativa e na escrita é essencial, visto que a nova banca tende a explorar questões que exigem análise sintática, coesão textual e interpretação refinada de enunciados complexos.
Perspectivas para o sucesso na nova edição do CNU 2025
Apesar das mudanças, a estratégia dos candidatos deve se manter firme na preparação sólida e na adaptação às novas exigências do edital. O entendimento da estrutura das provas e o foco na resolução de questões anteriores serão fundamentais para conquistar uma boa pontuação e garantir vaga nesta concorrência que promete ser mais desafiadora.
Para acessar o edital completo, as inscrições e demais informações, acesse: concurso CNU 2025.