Brasil, 3 de julho de 2025
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Sean ‘Diddy’ Combs é condenado por dois crimes menores em julgamento de sexo

Fundador da Bad Boy Records foi condenado em dois dos cinco crimes relacionados a tráfico sexual, mas foi absolvido das acusações mais graves

Nesta quinta-feira (20), um júri de Manhattan condenou o empresário e músico Sean “Diddy” Combs por dois crimes de transporte para fins de prostituição, relacionados às suas ex-parceiras. No entanto, ele foi absolvido das acusações mais sérias, incluindo conspiração de quadrilha e tráfico sexual coercitivo, em um julgamento federal que durou semanas.

Condenações e acusações não comprovadas

Combs foi considerado culpado por transportar suas ex-namoradas, Cassie Ventura e uma mulher apelidada de Jane, para participar de atos sexuais contra suas vontades, violando a Lei Mann. A sentença pode chegar a até 20 anos de prisão, caso a condenação seja confirmada em sentença futura. Ele rejeitou um acordo de plea bargain antes do julgamento e optou por não testemunhar durante o processo.

Os advogados de Combs não chamaram testemunhas, mas protocolaram duas solicitações de mistrial que foram negadas pelo juiz, alegando má conduta de procuradores.

Acusações de violência e comportamento abusivo

Durante o processo, mais de 34 testemunhas foram ouvidas, incluindo ex-funcionários, agentes de defesa e as próprias ex-parceiras. A principal testemunha foi Cassie Ventura, que declarou que Combs a forçava a participar de maratonas sexuais com prostitutos masculinos, fornecendo drogas como ecstasy e MDMA, além de registrar algumas dessas sessões, conhecidas como “freak-offs”.

Na sua análise, Ventura afirmou que essas experiências eram exaustivas e quase rotina, deixando-a insegura e traumatizada. A mãe de Ventura, Regina, também testemunhou que Combs a ameaçou e tentou extorquir dinheiro após ela namorar outra pessoa, além de tentar disseminar vídeos sexuais pessoais de Ventura.

Depoimentos de vítimas e testemunhas famosas

Jane disse que sentiu uma dor emocional profunda após ler a denúncia de Ventura, comparando sua própria experiência de trauma sexual. Ela alegou que Combs a abusava violentamente durante encontros “escusos”, ignorando sinais de que ela queria parar, e estimulando-a a continuar relacionamentos com outros homens na sua presença.

Outros testemunhos incluíram Daniel Phillip, que afirmou ter sido pago por encontros sexuais com Combs, e Israel Florez, segurança do hotel onde ocorreu uma agressão registrada em vídeo de 2016 contra Ventura. Celebridades também foram chamadas ao tribunal, como Dawn Richard, ex-colega da banda Dirty Money, que acusou Combs de agressões físicas, e Kid Cudi, que afirmou ter sofrido retaliações após se relacionar com Ventura.

Resposta da defesa e contexto do julgamento

Os advogados de Combs admitiram que ele teve comportamentos violentos em relacionamentos domésticos, mas enfatizaram que tais ações não configuram tráfico sexual. O artista ainda enfrenta várias ações civis relacionadas a alegações de abuso sexual e assédio, que permanecem pendentes na Justiça.

Segundo especialistas, o caso expõe as complexidades de crimes envolvendo figuras públicas e o impacto de denúncias de sobreviventes na luta por justiça e mudanças culturais. Após o veredicto, a defesa anunciou que irá recorrer da decisão, enquanto a promotoria considera a possibilidade de solicitar uma sentença mais severa.

A sentença oficial ainda será determinada pelo tribunal, mas a vitória na acusação de crimes menores representa uma derrota significativa para Combs, que conquistou fama mundial na década de 1990 como produtor musical e fundador da Bad Boy Records.

Mais detalhes sobre o desfecho do caso e futuras ações judiciais estão por vir, marcando um capítulo importante na trajetória de um dos nomes mais influentes da música contemporânea.

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