O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) expressou seu apoio ao ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten, classificando sua demissão do Partido Liberal (PL) como “no mínimo confusa”. A situação envolvendo Wajngarten gerou polêmica e levantou questões sobre lealdade e as circunstâncias que levaram à sua saída do partido.
Contexto da demissão de Wajngarten
Fábio Wajngarten deixou o PL em maio deste ano, após a divulgação de mensagens que trocou com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, sobre a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Segundo reported, a iniciativa para a demissão teria partido de Michelle, especialmente após Wajngarten afirmar em uma das conversas que “prefere votar em Lula do que em Michelle”. Esta declaração gerou repercussões significativas dentro do partido e levou à sua saída.
A defesa de Eduardo Bolsonaro
Durante suas declarações, Eduardo lembrou que conheceu Wajngarten em 2018, ressaltando que, naquele período, poucos acreditavam na eleição de Jair Bolsonaro. Ele elogiou a postura de Wajngarten, destacando sua lealdade e compromisso com os princípios defendidos, mesmo após ter saído do partido. “Ele não tem mandato e saiu do PL de uma maneira no mínimo confusa, mas continua ajudando nas circunstâncias possíveis. Isso é admirável em um homem”, afirmou Eduardo.
“Isso chama-se lealdade posta à prova, pessoa que se movimenta por princípios, independente das circunstâncias”, acrescentou o filho do ex-presidente.
Investigações da Polícia Federal
Wajngarten foi ouvido nesta terça-feira (1º/7) pela Polícia Federal (PF), no contexto de um inquérito que investiga a suposta obstrução das apurações relacionadas a uma suposta trama golpista. Ele foi mencionado por Mauro Cid como alguém que teria buscado informações sobre a delação premiada do ex-ajudante.
Após cerca de uma hora de depoimento na sede da PF em São Paulo, Wajngarten negou as acusações e afirmou que está considerando processar os responsáveis pela “denunciação caluniosa”. Em entrevista a jornalistas após o depoimento, declarou: “Não fiz nada. Sempre ajudei as pessoas. Quando Cid foi preso, fui visitá-lo na cadeia, em respeito à nossa relação. Em hipótese alguma houve tentativa de desorganizar ou atrapalhar qualquer investigação”.
Desdobramentos aliados e defensores
No mesmo dia em que Wajngarten prestou depoimento, o advogado de Jair Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, também foi chamado a depor no mesmo inquérito. A defesa de Cid alega que os advogados teriam abordado familiares do tenente-coronel, incluindo sua mãe, esposa e filha, na tentativa de convencê-lo a mudar de advogado, levantando questões adicionais sobre as táticas usadas na investigação.
A situação envolvendo Wajngarten e as repercussões dela dentro do PL refletem as complexidades do cenário político atual no Brasil, onde lealdades e alianças frequentemente são testadas à medida que as investigações se aprofundam.
Considerações Finais
A demissão de Fábio Wajngarten do PL traz à tona discussões sobre lealdade política e as decisões que moldam a trajetória dos envolvidos na política brasileira. Com Eduardo Bolsonaro se posicionando em defesa de Wajngarten, é evidente que a relação entre esses dois personagens ainda guardará capítulos futuros enquanto a situação se desenrola e as investigações avançam.
Com as novas informações emergindo, permanece aos apoiadores e críticos observar como essas alianças estratégicas irão se desenvolver nos próximos meses e como elas afetarão o cenário político em geral.