Brasil, 3 de julho de 2025
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Nova missa pela proteção da Criação será celebrada no Vaticano

Confere a celebração e os novos textos litúrgicos que abordam a ecologia e a criação com a presença do Papa Leão XIV.

No dia 9 de julho, a comunidade católica se reúne para uma celebração especial em Castel Gandolfo, onde o Papa Leão XIV presidirá a missa privada “pela proteção da Criação”. Este evento, que será realizado no Borgo Laudato si’, marca a introdução de um novo formulário de orações específicas para esse momento, com o intuito de estimular a reflexão sobre nossa relação com o meio ambiente e a responsabilidade de cuidarmos da criação divina.

Iniciativas que refletem o compromisso ecológico da Igreja

O novo formulário litúrgico foi apresentado na Sala de Imprensa da Santa Sé, durante uma coletiva que contou com a presença do cardeal Michael Czerny e do arcebispo dom Vittorio Francesco Viola. Durante o evento, os palestrantes explicaram que essa nova missa é resultado de um trabalho conjunto iniciado durante o pontificado do Papa Francisco e que integra um esforço contínuo da Igreja em abordar questões ligadas à ecologia e ao cuidado com a criação.

Um marco em eventos históricos

Os textos da nova celebração se relacionam com dois momentos significativos: os 35 anos da “Mensagem pela Paz” de São João Paulo II e o décimo aniversário da Encíclica Laudato si’ do Papa Francisco. Ambos os documentos ressaltam a importância de uma “ecologia integral”, conforme destacado pelo cardeal Czerny, que enfatizou que a criação não é um tópico separado, mas sempre presente na liturgia católica.

A importância da Eucaristia na relação com a criação

O cardeal destacou ainda que a Eucaristia não é apenas um ritual religioso, mas uma celebração que une a terra e o céu, estendendo seus significados a toda a criação. Essa nova liturgia busca oferecer um suporte espiritual e comunitário para todos os fiéis de modo a reforçar a consciência sobre a necessidade de cuidar bem de nosso planeta.

Uma chamada à responsabilidade ambiental

Dom Viola, por sua vez, fez um forte apelo à responsabilidade de cada um na administração do planeta, afirmando que “nós não somos Deus” e que a Terra nos foi dada como um presente. Ele observou que a verdadeira guarda da criação implica em um compromisso ativo de proteção e respeito por parte da humanidade, o que deve se refletir tanto nas atitudes cotidianas quanto nas decisões políticas.

Celebrando a nova criação todos os domingos

O arcebispo lembrou também que, na liturgia da Igreja, a criação é celebrada em todos os momentos do ano, renunciando a ideia de que seja apenas um tema de ocasião. O domingo, conforme ressaltou, é um dia de celebração da nova criação por meio da ressurreição de Cristo, iluminando todas as práticas da fé cristã.

Promoção da consciência ecológica

As novas orações e os reflexos litúrgicos sobre a criação visam também promover uma maior consciência sobre a necessidade urgente de proteção ambiental, especialmente à luz da grave crise ecológica que o mundo enfrenta atualmente. O cardeal Czerny reiterou que, com a ajuda do ensino do Papa Francisco, está crescendo a conscientização sobre a gravidade da situação e a urgência de ações concretas.

Rogações e Têmporas como ritual de consciência ambiental

Dentre as práticas que enfatizam a ligação entre fé e natureza, destacam-se as Rogações e as Quatro Têmporas, períodos especiais colocados pela Igreja para a oração e jejum, que serão regulamentados para se ajustarem às necessidades dos fiéis, de forma a fomentar um maior cuidado em relação ao ambiente ao redor.

A urgência de restaurar a harmonia com a criação

Por fim, dom Viola chamou a atenção para a necessidade de restaurar a harmonia perdida entre o Criador, a humanidade e toda a criação. Ao refletir sobre o impacto destrutivo do pecado nas relações sociais e a natureza, ele exortou a comunidade a buscar não apenas a reconciliação com Deus, mas também a solidariedade e o respeito pelos seres vivos e pela Terra que nos sustenta.

Com essas iniciativas e reflexões, a nova missa “pela proteção da Criação” não só enriquece a vida litúrgica da Igreja, mas também atua como um apelo à ação consciente e responsável em relação ao nosso planeta, encorajando cada um a ser um verdadeiro guardião da Terra.

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