Brasil, 6 de julho de 2025
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Sean ‘Diddy’ Combs é condenado por dois crimes menores em processo de tráfico sexual

Fundador da Bad Boy Records foi julgado nos EUA e saiu condenado em duas das cinco acusações, mas foi absolvido das mais graves

O empresário e produtor musical Sean “Diddy” Combs foi considerado culpado nesta semana por duas contas relacionadas ao transporte para fins de prostituição, em um julgamento na Justiça dos Estados Unidos. Apesar da condenação, ele foi absolvido de acusações mais graves de conspiração de racketeering e tráfico sexual por força, fraude ou coerção. O caso ocorreu em Nova York, após semanas de sessão que trouxe testemunhos impactantes de ex-parceiras, funcionários e testemunhas.

Detalhes do julgamento e condenação de Diddy

Combs foi julgado por transportar suas ex-parceiras, Cassie Ventura e uma mulher identificada como “Jane”, para realizar atos sexuais com outros homens, violando a Lei Mann — legislação federal dos EUA que regula o transporte interestadual para fins de prostituição. Ele enfrenta uma pena de até 20 anos de prisão, embora tenha rejeitado um acordo de confissão antes do início do processo e optado por não testemunhar.

A condenação ocorreu após a avaliação de 34 testemunhas, incluindo ex-parceiras, funcionários, agentes policiais e celebridades. Cassie Ventura, em seu depoimento, revelou que foi forçada a participar de encontros com prostitutas masculinas, sob efeito de drogas, e que essas sessões, batizadas de “freak-offs”, eram gravadas por Combs. A mãe de Cassie, Regina Ventura, também revelou que o empresário exigiu US$ 20 mil de extorsão e ameaçou divulgar vídeos íntimos dela.

Implicações e reações ao veredicto

Segundo advogados de Combs, a defesa ainda tentou argumentar sobre irregularidades processuais, pedindo nulidades por “má conduta do Ministério Público”, mas sem sucesso. A promotoria sustentou que Combs era o líder de uma organização criminosa que utilizava sua fama e poder para cometer diversos crimes, incluindo sequestro, cárcere privado, agressão e corrupção.

Após o anúncio do veredicto, representantes das vítimas expressaram alívio e esperança na continuidade da luta contra abusos de figuras de destaque. A advogada de Ventura, Douglas Wigdor, declarou que ela “mostrou coragem exemplar ao vir à público e deu um marco importante na luta por justiça na indústria do entretenimento”.

Testemunhos preocupantes e vídeos chocantes

As testemunhas relataram episódios violentos e abusivos, incluindo uma agressão de Combs em um hotel de Los Angeles, em 2016, capturada em vídeo de segurança. Ex-colegas de banda e artistas também descreveram episódios de agressão física e ameaças, enquanto algumas testemunhas relataram que Combs tentava retaliar contra ex-namorados e outros que cruzaram seu caminho.

O julgamento também revelou que Combs, conhecido por seu impacto na cultura musical dos anos 1990, teria utilizado seu círculo interno para sustentar suas ações ilícitas, apesar de negar as acusações mais graves. Além disso, ele ainda responde a dezenas de processos civis relacionados a acusações de assédio sexual e abusos.

Perspectivas futuras e próximos passos

Com a sentença, Combs poderá cumprir pena de prisão, mas ainda cabe recurso contra sua condenação. Especialistas destacam que o caso expõe o lado sombrio do glamour e do poder na indústria do entretenimento, reforçando a necessidade de maior fiscalização e proteção às vítimas. A defesa do empresário pode recorrer da sentença nos próximos meses, aguardando uma revisão do processo pela Justiça americana.

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