Brasil, 3 de julho de 2025
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Segurança de shopping indiciado por tortura após agredir mulheres

Um supervisor de segurança do Shopping Rio Poty é acusado de tortura após agredir duas mulheres flagradas furtando.

No último dia 10 de maio, um incidente alarmante ocorreu no Shopping Rio Poty, em Teresina, onde um supervisor de segurança foi indiciado pela Polícia Civil do Piauí por tortura. O caso se deu após a abordagem violenta a duas mulheres, que tentaram furtar 11 perfumes e bijuterias de uma loja do shopping. As agressões foram registradas pelas câmeras de segurança do local e geraram forte repercussão nas redes sociais.

Detalhes do incidente

As investigações iniciaram após as imagens das câmeras de segurança vazarem e mostrarem o supervisor de segurança agredindo fisicamente as mulheres. Segundo o relatório policial, o segurança, que ocupava posição de autoridade no local, foi filmado desferindo socos e tapas nos rostos das vítimas em diferentes ocasiões durante um intervalo de 11 minutos, quando elas foram levadas ao subsolo do shopping.

Uma das mulheres, ao ser interrogada pela polícia, revelou que cometeu o furto devido à necessidade econômica de voltar para sua cidade natal e sustentar sua filha recém-nascida. Ela declarou que mesmo após devolver os produtos, o segurança iniciou as agressões: “Ele tirou os produtos de nós e começou a agredir, começou a dar porrada na gente, na minha cabeça”, relatou. A mulher ainda afirmou que sofreu ferimentos, incluindo a perda da unha de um dedo do pé.

Repercussão e consequências jurídicas

Após o incidente, o Shopping Rio Poty informou ter demitido o responsável pelas agressões, definindo sua conduta como “inadmissível”. O shopping também se comprometeu a reforçar o treinamento da sua equipe para garantir um ambiente seguro e respeitoso. Contudo, o advogado das vítimas, Fábio Franklin Jr., anunciou que irá buscar a responsabilização civil do shopping, pedindo indenização em função da atitude do segurança, que, segundo ele, excedeu os limites de suas atribuições.

A delegada Syglia Samuelle de Brito Silva, da Delegacia dos Direitos Humanos, destacou que as evidências encontradas nas investigações foram robustas o suficiente para embasar o indiciamento do segurança por tortura. O inquérito policial foi enviado ao Ministério Público do Piauí, que agora tem a responsabilidade de decidir pela denúncia ou arquivamento do caso. “Caso o MP considere que há indício de crime, caberá à Justiça decidir se o segurança se tornará réu”, afirmou a delegada.

Um chamado à humanidade e responsabilidade profissional

O episódio expõe um grave problema no tratamento de furto em estabelecimentos comerciais e a linha tênue entre segurança e abuso de poder. As alegações de tortura e violência desmedida sublinham a necessidade urgente de uma revisão nos protocolos de abordagem de segurança em shoppings e outros ambientes similares.

Cabe ressaltar que, independentemente da situação de furtos, toda pessoa merece ser tratada com dignidade e respeito. A legislação brasileira é clara ao proibir atos de violência e tortura, sendo o papel da segurança privada o de proteger e servir, não agredir e torturar. Espera-se que as instituições responsáveis tomem as medidas necessárias para que casos como este não se repitam no futuro.

O Shopping Rio Poty afirmou que está colaborando plenamente com as autoridades e que de fato implementará melhorias nas diretrizes e treinamentos de suas equipes. A sociedade agora aguarda um desdobramento rápido e eficaz desse caso, que é de interesse público e servidor de um debate mais amplo sobre segurança e os direitos dos cidadãos.

A questão segue em aberto, e todos os envolvidos observam atentamente o andamento do processo judicial, na expectativa de que a justiça seja feita.

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