Brasil, 3 de julho de 2025
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Carla Zambelli completa um mês foragida da Justiça brasileira

Deputada envolve-se em polêmica após deixar o Brasil para fugir de condenação pelo STF.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) completa, nesta quinta-feira (3), um mês foragida da Justiça após anunciar, em entrevista, que deixou o Brasil para escapar da iminente execução da pena de prisão, sentenciada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Neste período, Zambelli segue na mira da Interpol e da Polícia Federal (PF), que tentam rastrear seu paradeiro na Itália.

A condenação e a fuga de Zambelli

A deputada fugiu após ser condenada pelo Supremo a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), junto com o hacker Walter Delgatti. Além disso, a parlamentar ficou inelegível por oito anos.

Licenciada do mandato, Zambelli deixou o Brasil no dia 25 de maio pela fronteira com a Argentina, na cidade de Foz do Iguaçu (PR), onde não há controle migratório. Em Buenos Aires, a parlamentar embarcou para os Estados Unidos, de onde anunciou a fuga em 3 de junho. Após, deslocou-se para a Itália, onde acreditava estar “intocável” diante das autoridades policiais brasileiras.

Reações e desdobramentos após a fuga

Durante sua passagem pelos EUA, Zambelli prometeu uma campanha contra o STF em diversos países da Europa, seguindo os passos de seu colega Eduardo Bolsonaro (PL-SP). No entanto, ela optou por se manter reclusa após ser incluída na lista vermelha da Interpol, logo depois de chegar a Roma em 5 de junho.

A inclusão na lista foi uma medida que pôs fim à sensação de proteção que Zambelli tinha, uma vez que foi determinada sua prisão preventiva pelo STF, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Desde então, as autoridades italianas direcionaram as buscas à região metropolitana de Roma, onde se acredita que a deputada esteja escondida.

Estratégias de defesa e possibilidade de extradição

A defesa de Carla Zambelli, liderada pelo advogado Fábio Pagnozzi, está focada em impedir a extradição da parlamentar, uma vez que ela mudou seu foco e agora pode cumprir sua pena na Itália. O deslocamento para o Brasil dependeria do aval do governo italiano, atualmente sob a liderança de Giorgia Meloni, que possui boas relações com o governo brasileiro.

Existem precedentes de brasileiros com cidadania italiana que foram extraditados, como o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado por corrupção no caso do Mensalão em 2013.

A vida de Zambelli enquanto foragida

Durante esse mês foragida, a deputada não concedeu entrevistas e evitou aparecer publicamente, ao contrário do que fazia anteriormente. Contudo, um vídeo recente dela convocando apoiadores a comparecerem a um ato em favor de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista foi divulgado por páginas bolsonaristas. Suas principais redes sociais foram bloqueadas por decisão do Supremo.

Após ser identificada em um vídeo gravado nos EUA, a deputada alterou sua estratégia de comunicação e passou a gravar em ambientes fechados para evitar novas identificações.

Até agora, a defesa de Zambelli não se manifestou sobre os desdobramentos e a atual situação da parlamentar, que clama por apoio de seus seguidores, apresentando-se como uma “exilada política”.

Enquanto Zambelli continua foragida, o cenário político brasileiro observa atentamente os desdobramentos de sua fuga e as possíveis implicações legais que podem surgir dessa situação.

Com seu futuro indefinido, Carla Zambelli torna-se um símbolo das tensões políticas e judiciais atuais no Brasil, refletindo a complexidade de um sistema que ainda busca um equilíbrio entre a justiça e a política.

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