Brasil, 3 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Novas negociações buscam cessar fogo entre Hamas e Israel

Os líderes do Hamas em Doha são instruídos a entregar armas em busca de um cessar-fogo para encerrar a guerra na Faixa de Gaza.

No contexto do intenso conflito que assola a Faixa de Gaza, líderes seniores do Hamas em Doha receberam ordens para depor suas armas. Esta medida faz parte de um esforço liderado pelos Estados Unidos para alcançar um acordo de cessar-fogo entre Hamas e Israel, visando a resolução de uma guerra que se arrasta e afeta milhões de civis. A expectativa gira em torno de um possível acordo que não apenas firmaria uma trégua, mas também trataria do retorno de reféns e da ajuda humanitária para a população de Gaza.

A proposta de cessar-fogo e a resposta do Hamas

Na última quarta-feira, o Hamas anunciou que estava avaliando uma nova proposta de cessar-fogo. Essa declaração ocorre após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informar que Israel já teria concordado com uma suspensão de hostilidades de 60 dias, durante a qual as partes discutiriam um trégua permanente. “Estamos em conversações para chegar a um acordo que garanta o fim das agressões, a retirada das forças e a concessão de ajuda ao povo de Gaza”, declarou o grupo em um comunicado.

Os líderes do Hamas fora de Gaza, incluindo o principal negociador Khalil al-Hayya e outros membros-chave, foram instruídos por mediadores do Catar a entregar suas armas pessoais. Entre os notáveis, estão Zaher Jabareen, um dos fundadores da ala militar do Hamas na Cisjordânia, e Muhammad Ismail Darwish, figura importante nas negociações com líderes do Irã e da Turquia.

O contexto da guerra na Gaza

Esse movimento é considerado simbólico, uma vez que Israel exige o desarmamento total do Hamas e a saída de seus líderes remanescentes da Faixa de Gaza como condição para encerrar a guerra. À medida que as tropas israelenses avançam na região, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, reafirma que o Hamas deve ser completamente eliminado. “Hamas não existirá mais”, disse ele durante uma visita a um oleoduto israelense.

A situação é ainda mais complexa, já que Trump expressou sua esperança de que um cessar-fogo temporário possa ser anunciado na próxima semana, data em que ele se reunirá com Netanyahu na Casa Branca. A possibilidade de um acordo que envolva a liberação de reféns em troca de prisioneiros palestinos está sendo discutida, com previsões de uma divisão gradual na liberação ao longo do período estipulado.

Pressões e realidades humanitárias

Enquanto negociações são tentadas, a pressão aumenta sobre o Hamas. A maioria da população de Gaza enfrenta condições desumanas, com a crise humanitária se aprofundando às custas de milhares de vidas perdidas. Segundo o ministério da saúde controlado pelo Hamas, já são mais de 57 mil palestinos mortos desde o início dos confrontos. Somente na última quarta-feira, os bombardeios israelenses resultaram em 40 mortes, incluindo um diretor de hospital e membros de sua família.

As estimativas sugerem que a totalidade da população de Gaza se tornou deslocada, uma vez que Israel controla a maior parte da região e foca suas operações em Gaza City. Diante dessa realidade, o Hamas se vê pressionado a considerar um cessar-fogo, enquanto se discute como isso pode ocorrer sem comprometer seus objetivos políticos e militares.

O papel do Catar e do Egito nas negociações

O Catar, que sediou o escritório político do Hamas desde 2012, continua a exercer influência sobre os líderes do grupo que estão negociando em Doha. Apesar das tentativas de pressionar os negociadores, a decisão final sobre qualquer acordo repousa sobre Izz al-Din al-Haddad, o líder do Hamas em Gaza. Um plano egípcio suportado por estados árabes no ano passado também falhou em solicitar que o Hamas depusesse suas armas, apresentando alternativas ao governo islâmico na área.

Estando sob a designação de organização terrorista pelos Estados Unidos e Reino Unido, o Hamas iniciou a atual guerra com um ataque a Israel em 7 de outubro de 2023, resultando na morte de cerca de 1.200 civis e militares israelenses, além de capturar mais de 200 reféns. Este conflito está levando a população civil de Gaza a uma situação de desespero, com muitos passando fome e vivendo em condições precárias.

Enquanto as negociações começam a tomar forma, o futuro da região e a vida de milhões de pessoas dependem dos próximos passos tanto do Hamas quanto de Israel nas discussões de um cessar-fogo emergente.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes