Brasil, 3 de julho de 2025
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BYD adia fábrica no México por tensões comerciais e incertezas globais

A gigante chinesa de veículos elétricos, BYD, suspendeu planos de construir uma fábrica no México devido às tensões geopolíticas e às políticas comerciais dos EUA.

A principal fabricante chinesa de veículos elétricos, BYD, anunciou que engavetou os planos de estabelecer uma grande fábrica no México, citando a instabilidade gerada pelas tensões geopolíticas e a incerteza provocada pelas políticas comerciais do governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump. A empresa, que já iniciou operações industriais no Brasil, permanece interessada em expandir sua atuação nas Américas, mas ainda não tem um cronograma definido para novos investimentos, afirmou Stella Li, vice-presidente executiva da BYD, em entrevista nesta terça-feira na Bahia, onde a fabricante inaugurou sua primeira fábrica fora da Ásia.

Implicações do cenário geopolítico para a expansão da BYD

Li destacou que questões geopolíticas têm um impacto significativo na indústria automotiva globalmente. “Agora todos estão repensando suas estratégias em outros países. Queremos esperar por mais clareza antes de tomar nossa decisão”, declarou. A companhia chegou a avaliar três localidades no México para a instalação da nova fábrica mas interrompeu a busca em 2024, aguardando melhor compreensão do ambiente político-econômico dos EUA, segundo informações da Bloomberg News de setembro passado.

Contexto internacional e rivalidade comercial

Antes dessas decisões, o Ministério do Comércio da China chegou a adiar a aprovação do projeto da BYD no México, por receios de que a tecnologia da empresa pudesse ser acessada pelos Estados Unidos. Essa preocupação ocorreu antes do anúncio de tarifas abrangentes por parte de Trump, que impuseram tarifas de 20% sobre exportações mexicanas, além de tarifas específicas sobre produtos importados, incluindo automóveis.

Repercussões no mercado automotivo

Nos Estados Unidos, fabricantes de carros alertaram que as tarifas acarretariam bilhões de dólares em custos adicionais. A General Motors, por exemplo, anunciou um investimento de US$ 4 bilhões, que inclui a transferência de produção de modelos de picapes e SUVs do México para os EUA. Apesar da incerteza, a BYD pretende ampliar sua capacidade de produção, embora ainda não tenha decidido o momento exato, segundo Stella Li.

Perspectivas futuras e desafios do setor

Segundo Li, a companhia continuará avaliando o cenário global, mantendo uma postura cautelosa até que haja maior estabilidade nas relações comerciais internacionais. “Queremos esperar por mais clareza antes de tomar nossas próximas decisões de investimento”, reforçou a executiva. A complexidade do ambiente global de comércio, marcada por tensões entre grandes potências, afeta diretamente a estratégia de expansão de fabricantes de veículos elétricos, como a BYD.

Para mais detalhes sobre as negociações comerciais e investimentos da BYD, acesse o link original.

Tags: economia, indústria automotiva, veículos elétricos, comércio internacional, BYD

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