O ator Anderson Di Rizzi, conhecido por seu trabalho em novelas e produções teatrais, trouxe um pouco de sua história familiar para o personagem que interpreta na novela “Éta Mundo Melhor”. Em uma conversa descontraída, ele compartilhou como as lembranças de sua infância e as características marcantes de seu pai, um mineiro que cresceu na roça, influenciaram a construção de seu papel na trama.
A relação com o pai
Anderson descreveu momentos divertidos e nostálgicos de sua infância, ressaltando a figura de seu pai, que sempre teve um jeito peculiar e cheio de vida. “Eu trago homenagens pro meu pai. Meu pai cresceu na roça, é mineiro, e eu cresci com minha mãe brigando com meu pai, e ele limpando a boca na toalha da mesa, sabe? (risos)”, disse o ator, enquanto falava sobre seu processo criativo.
Essas recordações têm um impacto significativo na forma como Anderson constrói seu personagem Ze dos Porcos, que possui um tom cômico e uma personalidade vibrante. “E sempre que eu ia na roça, eu lembro dele sempre com um matinho na boca. E tem um som do meu personagem que é do meu pai”, acrescentou, revelando detalhes que trazem um toque pessoal à sua atuação.
Construindo o personagem Ze dos Porcos
Para dar vida ao Ze dos Porcos, Anderson não apenas se inspirou nas memórias, mas também nas mannerisms e no vocabulário que seu pai utilizava. Ele explicou que pequenas expressões e trejeitos do seu pai foram incorporados ao personagem, tornando-o mais autêntico e cheio de nuances que ressoam com o público.
A construção do personagem é um reflexo não só da herança familiar, mas também da cultura mineira, profundamente enraizada em suas experiências de vida. A trajetória de um simples homem do campo, suas características e dificuldades se entrelaçam com a narrativa da novela, trazendo à tona questões sociais e emocionais que muitos podem relacionar.
Impacto na audiência
A abordagem de Anderson tem sido bem recebida pelo público, que se vê refletido nas histórias e personagens genuínos. A conexão emocional com seu pai e a forma como ele retrata isso na tela ressoaram com os telespectadores, criando uma identificação imediata. “Quando as pessoas assistem ao Ze dos Porcos, elas reconhecem um pedaço de suas próprias vidas, de suas próprias histórias”, comentou o ator.
Além de criar um personagem divertido e carismático, Anderson Di Rizzi também busca inspirar outros a valorizarem suas próprias histórias familiares, apontando a importância da herança cultural e dos laços afetivos que moldam quem somos. “Todo mundo tem um pouco de roça e de família dentro de si”, concluiu.
Reflexões sobre a carreira
Anderson, em sua trajetória, destaca que a realização profissional está intrinsicamente ligada ao reconhecimento das próprias raízes. Cada papel que desempenha é uma nova oportunidade de contar uma história que, de alguma forma, se conecta com suas vivências. “Acho que a arte deve sempre dialogar com a vida. E a vida, para mim, é feita de memórias, amores e aprendizados”, finalizou o ator, refletindo sobre sua carreira e experiências.
Com “Éta Mundo Melhor”, ele não apenas entretém, mas também promove uma reflexão sobre a infância, a identidade e a importância das relações familiares. O resgate de memórias, como a do seu pai, é um lembrete do valor que cada um carrega dentro de si, um legado que vale a pena ser compartilhado.