A jovem Juliana Marins, que faleceu após uma queda na trilha do vulcão Rinjani, na Indonésia, será sepultada nesta sexta-feira (4) no Cemitério Parque da Colina, situado no bairro Pendotiba, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O velório está marcado para iniciar às 10h e seguirá até às 12h, com acesso aberto ao público. Após esse horário, a cerimônia será restrita a familiares e amigos, encerrando-se às 15h.
Tragédia em Rinjani e os esforços da família
Juliana, que tinha apenas 27 anos, era publicitária e deixou uma legião de amigos e familiares devastados. Sua irmã, Mariana Marins, expressou sua gratidão às autoridades que trabalharam para repatriar o corpo da jovem, que passou pelo Instituto Médico-Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio de Janeiro. “Meu pedido mais uma vez é: não esqueçam Juliana, que ainda tem muita coisa que a gente tem que pedir por ela”, declarou Mariana, mencionando a negligência no resgate de sua irmã.
O corpo de Juliana foi liberado para a família na manhã de quarta-feira (2), após a realização de uma segunda autópsia pela Polícia Civil do Rio. A primeira autópsia, realizada em Bali, não conseguiu determinar a hora da morte. Mariana e seu pai, Manoel Marins, estão em busca de respostas sobre o que realmente aconteceu com Juliana na trilha.
Os questionamentos sobre a autópsia indonésia
Os familiares de Juliana buscam esclarecer dúvidas deixadas pelas autoridades indonésias, que não forneceram informações detalhadas sobre a hora do falecimento. “Precisamos saber se a necropsia foi bem feita. Me pareceu que o hospital não dispõe de tantos recursos assim”, afirmou Manoel Marins, em entrevista ao RJ2. Recentemente, a Defensoria Pública da União (DPU) enviou um ofício à Polícia Federal solicitando a abertura de um inquérito investigativo sobre o caso.
A defensora pública federal, Taísa Bittencourt, destacou que uma análise rápida e abrangente da situação é essencial para preservar elementos que possam ajudar a esclarecer as circunstâncias da morte de Juliana. “A família necessita de confirmação da data e horário da morte, para apurar se houve omissão no socorro pelas autoridades indonésias”, explicou.
Resultados da autópsia em Bali
A primeira autópsia feita em Bali indicava que Juliana faleceu devido a múltiplas fraturas e lesões internas, sem ter enfrentado hipotermia. O médico legista, Ida Bagus Putu Alit, mencionou que Juliana sobreviveu por cerca de 20 minutos após o trauma, embora os detalhes sobre o dia do incidente não tenham sido esclarecidos. A divulgação dessas informações pela equipe médica indonésia foi recebida com críticas pela família, que sentiu que a comunicação foi feita de forma inadequada.
Mariana Marins expressou sua indignação ao relatar que, enquanto a família era convocada para receber o laudo da autópsia, uma coletiva de imprensa foi realizada antes, apresentando a informação à sociedade antes mesmo deles terem acesso a ela. “É absurdo atrás de absurdo”, lamentou Mariana.
Um adeus digno e a memória de Juliana
Amigos e familiares expressam a importância de dar a Juliana um adeus digno, principalmente considerando que ela foi encontrada e está de volta ao Brasil. “Quando uma pessoa fica desaparecida é muito angustiante. É um consolo saber que Juliana está aqui para que possamos nos despedir”, disse Mariana, refletindo sobre a dor de perder a irmã de forma tão trágica.
O sepultamento no Cemitério Parque da Colina representa não apenas uma cerimônia de despedida, mas também um momento de reflexão sobre a vida de Juliana e seu impacto na vida das pessoas ao seu redor. É um chamado à memória e ao carinho que ela sempre irradiou, que permanecerá na lembrança de todos que tiveram a sorte de conhecê-la.
Juliana Marins será lembrada não apenas pela tragédia que marcou sua vida, mas pelo amor e os laços que deixou em sua caminhada.