Nesta terça-feira, um ataque hacker à infraestrutura de uma empresa de tecnologia responsável pela conexão de bancos ao sistema Pix comprometeu operações de várias instituições financeiras, acarretando interrupções temporárias nas transferências e desvios de recursos. O incidente impactou seis bancos e provocou dúvidas sobre a segurança do sistema de pagamentos instantâneos.
Impacto do ataque na infraestrutura do Pix
A empresa afetada foi a C&M Software, fornecedora de serviços tecnológicos que conecta bancos aos sistemas do Pix. Após o ataque, o Banco Central determinou o desligamento do acesso das instituições às infraestruturas operadas pela C&M, para evitar prejuízos maiores. ‘‘A C&M Software comunicou ataque à sua infraestrutura tecnológica, levando o BC a orientar o desligamento do acesso às suas plataformas’’, afirmou o órgão regulador, em nota oficial.
O que ocorreu e a resposta do Banco Central
Segundo fontes do mercado, a falha teria ocorrido devido a uma possível brecha de segurança no sistema da C&M. Ainda não há registros de que os sistemas do Banco Central tenham sido atingidos, e o funcionamento do Pix permanece normal, conforme informado pelo órgão. ‘‘O BC reforça que nenhum sistema próprio foi comprometido e que o sistema de pagamento funciona normalmente’’, destacou o banco na nota.
Consequências para as instituições financeiras afetadas
Entre as instituições atingidas, o Banco Paulista confirmou que uma falha vinculada ao provedor terceirizado causou a suspensão temporária do Pix em diversas entidades. ‘‘A falha foi externa, não houve comprometimento de dados sensíveis ou movimentações indevidas’’, afirmou o banco em comunicado oficial.
Desvios de recursos e segurança das contas reservas
Além das interrupções, houve também relatos de desvios de recursos de contas reservas, que são mantidas diretamente no Banco Central e são usadas para liquidação de operações entre os bancos. A BMP, uma das instituições afetadas, esclareceu que o incidente de cibersegurança permitiu o acesso indevido a essas contas em seis instituições financeiras, mas garantiu que ‘‘nenhum cliente da BMP foi impactado ou teve seus recursos acessados’’. A instituição afirmou ainda que ‘‘adotou todas as medidas operacionais e legais cabíveis, com colaterais suficientes para cobrir integralmente o valor impactado’’.
Próximos passos e medidas de segurança
O Banco Central destacou que uma investigação está em andamento para apurar as causas do ataque e reforçou a necessidade de aprimorar as medidas de segurança cibernética no setor financeiro. A empresa C&M ainda não se pronunciou oficialmente após o incidente, e o órgão regulador adiantou que análises continuam para assegurar a estabilidade do sistema.
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