Brasil, 3 de julho de 2025
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Estados Unidos pausa envio de armas para a Ucrânia devido a preocupações com estoques

A pausa no envio de armas à Ucrânia gera impacto nas defesas militares do país, segundo autoridades.

A recente ordem do Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, de suspender o envio de um carregamento de mísseis e munições para a Ucrânia levanta preocupações sérias sobre os estoques militares do país. A decisão foi tomada após semanas de avaliação sobre o impacto do apoio militar contínuo à Ucrânia, que tem enfrentado invasões russas e outros conflitos armados pelo mundo.

Motivação por trás da decisão

De acordo com duas autoridades de defesa e dois oficiais do Congresso, a pausa foi ordenada para revisar o estoque de munições dos EUA, que ficou seriamente comprometido ao longo dos últimos anos devido ao envio constante de armamentos à Ucrânia. Além disso, as operações militares em regiões do Oriente Médio, como a luta contra os rebeldes houthis no Iémen e a defesa de Israel contra o Irã, também contribuíram para a redução dos estoques.

As armas afetadas pela decisão incluem dezenas de interceptores Patriot, que são vitais para a defesa contra os mísseis russos, além de milhares de munições de Obuseiro de 155 mm, mais de 100 mísseis Hellfire, e sistemas de mísseis guiados de precisão conhecidos como GMLRS, entre outros. Essa interrupção na entrega pode durar até que a avaliação dos estoques seja concluída, e dependendo das necessidades em outras partes do mundo, o atraso pode se estender ainda mais.

Reações à decisão

A porta-voz da Casa Branca, Anna Kelly, declarou que a decisão foi tomada em primeira instância para priorizar os interesses norte-americanos, após uma revisão do Departamento de Defesa sobre a assistência militar aos países em geral. Enquanto isso, o presidente Donald Trump mencionou em uma coletiva, após uma reunião da OTAN, que os EUA estão tentando localizar mísseis de defesa aérea Patriot para enviar à Ucrânia, reconhecendo a dificuldade em garantir esses suprimentos devido às suas próprias necessidades.

A resposta da Ucrânia foi rápida e contundente. O deputado ucraniano Fedir Venislavskyi afirmou que a pausa na entrega de armas é “dolorosa” para o país em sua luta contra os ataques aéreos russos, descrevendo a situação como extremamente desagradável, especialmente em um contexto de ataques terroristas perpetrados pela Rússia.

Além disso, o Ministério das Relações Exteriores ucraniano se reuniu com o diplomata americano John Ginkel para discutir a assistência militar e a cooperação de defesa, enfatizando que qualquer atraso no suporte à defesa ucraniana apenas encorajaria a Rússia a intensificar suas hostilidades.

Pressão crescente por mais apoio militar

Em julho, o Ministério da Defesa da Ucrânia informou que a Rússia lançou o maior ataque aéreo ao país desde a invasão em 2022, utilizando um total de 60 mísseis e 477 drones. Essa escalada de hostilidades aumenta as pressões sobre o governo ucraniano para obter mais sistemas de defesa aérea enquanto tenta lidar com o impacto dos ataques incessantes.

Desde o início do conflito, a Ucrânia fez repetidas apelos a aliados nos EUA e na Europa por mais sistemas de armamento, especialmente em um momento em que a Rússia intensificou suas ações militares. Observadores acreditam que a necessidade de mostrar força por parte da Ucrânia é crucial para levar a Rússia à mesa de negociações.

Contexto do suporte militar dos EUA

As munições que deveriam ser enviadas à Ucrânia foram aprovadas como parte da autoridade de retirada presidencial e iniciativas de assistência à segurança durante a administração Biden. Alguns desses envios já se encontram na região, mas foram paralisados antes de serem entregues a Kyiv. A situação se torna ainda mais crítica à medida que altos oficiais, como o almirante James Kilby, alertam sobre o uso “alarmante” de mísseis e munições, ressaltando a necessidade urgente de equilíbrio na distribuição de recursos.

Enquanto as autoridades dos EUA revisam suas capacidades de apoio militar, a Ucrânia continua lutando por sua soberania, enfrentando desafios significativos e a expectativa de suporte internacional contínuo em um momento de crescente incerteza no cenário geopolítico.

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