Brasil, 3 de julho de 2025
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Relator do decreto do IOF, Moraes já teve posições favoráveis ao governo no STF

Ministro Alexandre de Moraes, relator do aumento do IOF, já apoiou ações favoráveis ao governo em temas como FGTS, precatórios e impostos

O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação do governo federal que questiona o decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), já teve diversos posicionamentos favoráveis ao Executivo no Supremo Tribunal Federal (STF). Essas decisões indicam uma trajetória de alinhamento em temas estratégicos para o governo nos últimos anos.

Histórico de posições favoráveis ao governo no STF

Em abril do ano passado, Moraes abriu a divergência que autorizou a cobrança de PIS/Cofins sobre receitas de locação de bens móveis e imóveis por empresas. A votação terminou em sete votos a quatro, e as perdas estimadas para a União alcançariam R$ 36 bilhões, caso fosse impedida de cobrar esses tributos.

No mesmo período, em junho, Moraes participou de uma decisão que determinou que o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) passaria a ser corrigido, pelo menos, pela inflação. A proposta, apresentada pelo Executivo, foi defendida pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e pelo relator na ocasião, que era Barroso, que chegou a sugerir uma correção pela caderneta de poupança. Contudo, Moraes, inicialmente, alinhou-se com a votação que considerou a manutenção da correção pela Taxa Referencial (TR), mais juros de 3% ao ano, independentemente da inflação. Na sequência, ele aderiu ao entendimento do ministro Flávio Dino, favorável à correção pelo INPC, ajudando a formar a maioria.

Atuação em ações que impactam receitas e contratos

Moraes também integrou a maioria que rejeitou, por sete votos a dois, ações que questionavam a redução do percentual de ressarcimento às empresas exportadoras. Caso esses pedidos tivessem sido acolhidos, a estimativa de impacto para a União seria de R$ 49,9 bilhões.

Além disso, o ministro participou de duas decisões importantes que confirmaram pedidos do governo federal. Em dezembro de 2023, a Corte autorizou a regularização do pagamento de precatórios, com uma votação amplamente favorável à posição do Executivo, tendo apenas o ministro André Mendonça se posicionando contra.

Alterações na política tributária e benefícios do INSS

Em outubro do ano passado, Moraes declarou-se favorável à validade de um decreto que restabeleceu impostos federais reduzidos pelo governo Bolsonaro. Apesar de ressaltar seu “posicionamento pessoal” contrar, acompanhou a maioria, em respeito ao “princípio da colegialidade”.

Por fim, a maior divergência ocorreu na revisão da vida toda dos benefícios do INSS. Moraes liderou o julgamento que, inicialmente, autorizou o pagamento dos benefícios nas ações do governo Bolsonaro, tornando-se relator do caso. Contudo, outra ação, julgada posteriormente, inviabilizou praticamente essa revisão. Moraes manteve a posição por dois anos, mas as decisões do STF mostraram um entendimento diferente, dificultando a implementação do benefício.

Esses exemplos evidenciam o histórico de Moraes, que embora tenha adotado posições de apoio ao governo em diferentes ocasiões, também participou de decisões de maior autonomia do tribunal.

Para mais detalhes, acesse a fonte original.

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