Brasil, 3 de julho de 2025
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Dólar e bolsa sob tensão; EUA aguardam votação do pacote tributário de Trump

Mercados globais operam aguardando a decisão do Congresso dos EUA sobre o pacote de cortes de impostos do governo Trump

Na manhã desta quarta-feira (2), o dólar abriu em alta, cotado a R$ 5,4731, e o Ibovespa iniciou a sessão quase estável, refletindo a expectativa pela votação do megapacote de cortes de impostos do presidente Donald Trump pela Câmara dos Deputados dos Estados Unidos.

Dólar em alta e perspectivas internacionais

Durante a manhã, o dólar subia 0,21%, cotado a R$ 5,4731 às 9h, enquanto o mercado acionário brasileiro operava com cautela, aguardando as movimentações externas. O dólar acumulou queda de 0,41% na semana, porém, acumula alta de 0,51% no mês e recuo de 11,63% no ano.

Nos mercados globais, a atenção permanece na votação do pacote de cortes fiscais do governo Trump, que já foi aprovado pelo Senado. A proposta, que inclui cortes de impostos, aumento de gastos na imigração, defesa e cortes em programas sociais, deve aumentar a dívida pública dos EUA em US$ 3,3 trilhões na próxima década, elevando preocupações fiscais e a desconfiança dos investidores na maior economia do mundo.

Impactos do megapacote de Trump na economia americana

Intitulado “One Big Beautiful Bill” (“Um grande e belo projeto”), o pacote prevê a prorrogação dos cortes de impostos de 2017, além de ampliar gastos com forças armadas e controle da imigração. O projeto também revoga incentivos ao setor de energia limpa e corta recursos para programas sociais, incluindo o Medicaid, que garante saúde a famílias de baixa renda.

Após a votação no Senado, o texto retorna à Câmara dos Deputados, onde a expectativa é que seja aprovado ainda nesta quarta-feira. O presidente Donald Trump pretende sancionar a lei até o feriado de 4 de julho, comemorando a independência dos EUA.

Proximidade do fim do tarifaço e tensão comercial

Outra preocupação do mercado é o prazo final para a suspensão das tarifas comerciais impostas por Trump, que expira em 9 de julho. Com poucos acordos firmados até agora, há o temor de que as tarifas sejam restabelecidas, o que poderia aumentar preços ao consumidor, pressionar a inflação e desacelerar a economia americana, além de afetar a economia global.

Neste contexto, o Canadá cancelou, horas antes da entrada em vigor, o imposto sobre serviços digitais dirigido às empresas de tecnologia dos EUA, uma tentativa de destravar negociações comerciais. A União Europeia também busca um alívio imediato nas tarifas para setores estratégicos, como condição para avançar nas negociações com Washington.

Declarações do Federal Reserve e cenário local

Enquanto isso, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, reforçou que a instituição vai esperar por mais informações sobre os efeitos das tarifas na inflação antes de reduzir as taxas de juros. Powell afirmou que o cenário econômico dos EUA ainda está sólido, e que a prioridade do Fed é a estabilidade de preços e o desemprego em níveis baixos.

Na economia brasileira, a atenção se volta para as contas públicas. Após o Congresso ter derrubado o decreto que elevava o IOF, o governo estima perda de R$ 10 bilhões na arrecadação neste ano. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o aumento do imposto é necessário para equilibrar as finanças em 2026, além de buscar aprovação de MPs sobre tributação de apostas eletrônicas, criptoativos e setores financeiros.

Expectativas e próximos passos

A votação do pacote tributário nos EUA deve acontecer nesta quarta-feira, com o resultado podendo influenciar o câmbio e o mercado acionário brasileiro. No Brasil, as discussões sobre ajustes fiscais e tributários continuam no Congresso, enquanto o mercado monitora de perto as decisões internacionais que impactam a economia brasileira.

Mais informações estão disponíveis na fonte original do G1.

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