Brasil, 3 de julho de 2025
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Maioria dos deputados se considera de direita, aponta pesquisa

Pesquisa Genial/Quaest revela que 45% dos deputados federais se identificam como de direita, enquanto a esquerda tem 21%.

Uma nova pesquisa realizada pela Genial/Quaest trouxe à tona importantes informações sobre a composição política da Câmara dos Deputados. O levantamento revelou que a maioria dos parlamentares, 45%, se considera de direita, enquanto apenas 21% se identificam como de esquerda. O centro, por sua vez, conta com 25% dos deputados. Esse cenário destaca um forte viés conservador entre os representantes do povo no Brasil.

Distribuição política dos deputados

A pesquisa foi conduzida entre os dias 7 de maio e 30 de junho e ouviu 203 deputados, o que representa 40% do total. A margem de erro da pesquisa é de 4,5 pontos percentuais. Além da predominância da direita, o levantamento também mostrou que 1% dos deputados não se encaixa em nenhuma das classificações políticas e 8% não souberam ou não responderam.

Esse dado é importante para entender o atual cenário político, especialmente em um momento em que a relação entre o governo e o Congresso Nacional é marcada por tensões e divergências. Apenas 27% dos deputados veem o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de maneira positiva, enquanto 46% a avaliam como negativa. Os restantes 24% consideram a gestão como regular. Além disso, 3% não souberam ou não responderam a essa questão.

A base e a oposição no Congresso

Um dado interessante da pesquisa é que a inclinação política declarada dos deputados não necessariamente se traduz em apoio ou oposição ao governo. De acordo com os dados, 32% dos deputados se identificam como parte da base governista, enquanto 32% se consideram na oposição. Outros 27% se declaram independentes, e 9% não souberam ou não responderam.

Esse panorama nos ajuda a entender melhor as dinâmicas de poder no Congresso e como elas podem impactar a agenda do governo. A fragmentação política mostra que, mesmo entre os que se dizem aliados, pode haver uma resistência significativa a alguns projetos de lei propostos pela administração atual.

Temas polêmicos e pontos de convergência

A pesquisa também traz informações sobre temas polêmicos em debate no Congresso. Por exemplo, a elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda tem amplo apoio tanto na esquerda (96%) quanto na direita (88%). Por outro lado, a proposta de uma maior taxação sobre os super-ricos para compensar a perda de arrecadação é apoiada por 92% dos deputados de esquerda, mas é rejeitada por 17% dos da direita.

Na área de Segurança, a pesquisa revelou divergências significativas. Enquanto o aumento das penas para roubos parece ser um tema polêmico que divide as opiniões, a exploração de petróleo na Amazônia recebe forte apoio da direita (91%) e também é apoiada pela maioria dos parlamentares de esquerda (67%).

Implicações do levantamento para o futuro político

Os dados revelam que os deputados que se consideram de direita são os que mais criticam o governo, com 86% avaliando negativamente a gestão. Além disso, 81% acreditam que as chances de Lula aprovar sua agenda no Congresso são baixas. Esse quadro estabelece um clima de desafios para o governo, que busca avançar em sua agenda legislativa em um ambiente onde a maioria parlamentar se posiciona de forma contraditória.

À medida que o governo Lula enfrenta esses desafios, a pesquisa Genial/Quaest serve como um termômetro do sentimento no Congresso, indicando que negociações e alianças serão essenciais para qualquer avanço nas pautas que o governo pretender discutir e aprovar no futuro.

Com essas informações, fica evidente que a política brasileira continua em constante transformação, e o papel dos deputados será fundamental para determinar os rumos das políticas públicas nos próximos meses.

Por fim, a pesquisa evidência a necessidade de um diálogo aberto entre as diferentes correntes políticas, garantindo que a pluralidade de opiniões seja respeitada e considerada na hora de tomar decisões que afetam a vida de milhões de brasileiros.

Fonte: O Globo

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