Brasil, 3 de julho de 2025
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Estagiário é condenado por falsificação de carteira da OAB

Estagiário usou carteira falsa para aplicar golpes e foi condenado a 6 anos e 8 meses de reclusão no DF.

No Distrito Federal, um estagiário que utilizou uma carteira falsa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para enganar clientes e cometer fraudes foi condenado a 6 anos e 8 meses de reclusão. A decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), divulgada na terça-feira (1°), também incluiu uma multa de 44 dias, com regime inicial semiaberto.

A condenação e os crimes envolvidos

O réu enfrentou a justiça por uma série de crimes, incluindo falsificação de documento público, uso de documento falso, falsidade ideológica e estelionato. Segundo as investigações, ele trabalhava em um escritório de advocacia e confessou ter criado a carteira falsificada no PowerPoint, utilizando seu computador pessoal. A fraude ocorreu entre 2019 e 2022, durante a qual o estagiário se apresentou como advogado, oferecendo serviços em delegacias de polícia e acompanhando clientes em diligências.

Os golpes aplicados

Um dos casos mais emblemáticos ocorreu quando o estagiário foi contratado por uma conhecida para realizar um inventário extrajudicial após a morte de sua mãe. Ele cobrou o total de R$ 4 mil pelo serviço, dos quais recebeu R$ 2.517. Essa transação, que deveria ter sido conduzida por um advogado legítimo, exemplifica como o acusado explorou sua posição para auferir lucro de maneira ilícita.

Investigação e provas

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) foi responsável pela investigação que levou à condenação do estagiário. Durante uma busca e apreensão em sua residência, os agentes encontraram um pendrive que continha a carteira falsificada. Um laudo pericial atestou que o documento levava o nome e a foto do réu, porém o número de inscrição pertencia a outro advogado registrado na OAB, confirmando a ilegalidade da ação.

Decisão unânime da justiça

A 2ª Turma Criminal do TJDFT deliberou sobre o caso e a decisão foi unânime, refletindo a gravidade da conduta do réu e a necessidade de uma resposta contundente da justiça a este tipo de crime. A fraude, que afeta não apenas as vítimas diretas, mas também a confiança na legislação e nos profissionais do direito, exige uma postura rigorosa das autoridades.

Reflexões sobre a segurança legal

O caso do estagiário que falsificou a carteirinha da OAB destaca a importância de se garantir a integridade e a segurança no exercício da advocacia no Brasil. A presença de fraudadores que se aproveitam da ausência de fiscalização rigorosa pode prejudicar gravemente indivíduos que buscam ajuda legal em momentos vulneráveis.

Além disso, é essencial que os cidadãos sejam informados sobre como reconhecer um advogado legítimo e evitar cair em golpes. É fundamental que o sistema legal implemente medidas de proteção e verificação eficazes para garantir que apenas profissionais devidamente qualificados possam atuar em nome da justiça.

Como identificar um advogado legítimo

Para evitar fraudes semelhantes, recomenda-se que os cidadãos consultem diretamente os sites da OAB e outros órgãos competentes para confirmar a validade das credenciais de um advogado antes de contratar seus serviços. Outro método eficaz é procurar referências e opiniões de outros clientes, além de verificar se o profissional está ativo na Ordem.

A condenação do estagiário deve servir como um alerta para a sociedade e um exercício de conscientização sobre a importância da legalidade e da ética na atuação profissional. A justiça, ao punir severamente crimes desse tipo, reafirma seu compromisso em proteger os direitos da população e manter a ordem em um setor tão crítico como o jurídico.

Considerações finais

O desfecho deste caso nos lembrou que a vigilância e a responsabilidade são essenciais para manter a integridade na profissão de advogado. Contudo, o caminho do combate à fraude nas carteiras de OAB deve acompanhar as evoluções tecnológicas e necessitará de uma colaboração contínua entre a sociedade civil e as instituições legais.

Leia mais sobre o caso no g1.

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