O Flamengo está passando por uma fase de mudanças significativas após a eliminação da Copa do Mundo de Clubes. Além da derrota, o clube carioca perdeu seu capitão, Gerson, que aceitou uma proposta do Zenit, da Rússia. O pagamento da multa rescisória de 25 milhões de euros, equivalente a R$ 161 milhões, foi confirmado, e a saída do volante representa uma grande alteração no elenco rubro-negro.
Uma despedida significativa
A despedida de Gerson, embora ainda não oficialmente anunciada, ocorreu no último domingo durante a partida contra o Bayern de Munique, onde ele teve uma atuação destacada. O volante não apenas marcou um golaço contra o goleiro Manuel Neuer, como também mostrou uma disposição física que poucos jogadores do elenco conseguiram igualar. Esse desempenho reafirma a importância de Gerson para a equipe e o impacto que sua ausência terá no time.
A evolução de Gerson no Flamengo
Gerson teve um crescimento significativo em sua segunda passagem pelo Flamengo. Entre 2019 e 2021, período em que jogou pelo Olympique de Marseille, já era conhecido por sua técnica e capacidade atlética. Desde que retornou à Gávea no início de 2023, ele apresentou melhorias físicas, maior versatilidade e uma leitura tática mais aprimorada, características que o tornaram um jogador vital para a equipe.
Não se limitando apenas à função de volante, Gerson também atuava como ponta-direita, uma variação que passou a ser um dos seus traços distintivos sob o comando de Tite e que se intensificou com a presença de Filipe Luís. Apesar de algumas deficiências em finalizações, a combinação de sua capacidade de combate e construção de jogadas fazia dele um atleta de difícil substituição.
Os números também ajudam a compreender sua importância para o time. Nesta passagem, foram 12 gols e 24 assistências em 144 jogos, superiores às sete bolas na rede e 11 passes para gol nas primeiras 109 partidas.
O impacto da venda e os desafios que vêm a seguir
A diretoria rubro-negra, reconhecendo a contribuição de Gerson, aumentou seu salário e renovou seu contrato até 2030, mesmo reduzindo o valor da multa rescisória. Apesar de Gerson ser a quarta maior venda da história do clube, ao deixar o Flamengo, ele se destacou pela sua importância tanto dentro quanto fora de campo.
Com a saída do volante, a reposição no elenco se torna um desafio complexo. A equipe ainda enfrentará a ausência de Erick Pulgar, que está se recuperando de uma fratura, e atualmente não há movimentações concretas para contratações. A única adição recente foi a de Jorginho, cuja chegada não é necessariamente para cobrir as vagas deixadas pelos jogadores que saem.
O futuro do Flamengo sem Gerson
A ausência de Gerson exigirá uma adaptação imediata do Flamengo. A volta de De la Cruz à sua melhor forma será crucial para garantir que a equipe mantenha um bom desempenho durante essa fase de transição. Além disso, o setor ofensivo apresenta carências, com jogadores como Michael e Everton Cebolinha destoando tecnicamente.
As posições nas pontas, onde Gerson costumava atuar, precisarão de jogadores capazes de oferecer um estilo de jogo diferente, já que Luiz Araújo e Gonzalo Plata, que têm características diferentes, serão acionados. Essa mudança promete ser um dos principais focos da preparação da equipe para os próximos desafios da temporada.
Com Gerson partindo para o Zenit, a expectativa agora repousa sobre como o Flamengo se reestruturará para enfrentar a nova realidade e quem preencherá o vazio deixado pelo capacitado volante que se despede deixando um legado forte no clube.
