Brasil, 3 de julho de 2025
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Como o orgulho LGBTQ+ das empresas mudou na última década

De campanhas vibrantes em 2015 a estratégias mais discretas em 2025, empresas revelam uma mudança significativa na abordagem do Pride.

Desde 2015, quando o casamento igualitário foi oficialmente reconhecido nos Estados Unidos, a participação de corporações nas celebrações do Pride passou por uma transformação notável. Depois de anos marcados por ações abertas e de apoio, algumas das maiores empresas parecem ter cortado investimentos e visibilidade, refletindo possíveis recuos na cultura corporativa e social em relação à causa LGBTQ+.

De campanhas públicas a menor visibilidade: o que mudou?

Marcas que lideraram na década passada

Em 2015, marcas como Target, Tesla, Facebook e Google fizeram campanhas grandiosas. A Target lançou o #TakePride, com vídeos e mensagens de orgulho que reforçavam um compromisso de ano inteiro, não apenas em junho. Tesla participou do Pride de São Francisco com um carro rainbow e um slogan de “igualdade sem exceção.”

Facebook modificou perfis com filtros arco-íris, apoiando a decisão do Supremo nos EUA sobre o casamento igualitário, enquanto Google celebrava a diversidade com um doodle de hyperpop, reconhecendo artistas LGBTQ+. Essas ações simbolizavam um momento de alta visibilidade e apoio público.

O cenário atual e suas diferenças

Hoje, observa-se uma postura mais reservada dessas mesmas marcas. Target anunciou sua coleção de Pride, mas reduziu a promoção nas redes sociais e nas lojas físicas. O CEO da Tesla, Elon Musk, chegou a declarar que “o woke está morto”, indicando uma distanciamento aberto após anos de apoio.

Facebook, que antes apoiava intensamente as causas LGBTQ+, tomou distância, não participando do Pride de 2025, especialmente após uma suposta redução em iniciativas de diversidade. Google, que em 2015 celebrava com doodles e campanhas, retirou eventos de Pride e Black History Month de seu calendário, alegando otimização de trabalho para uma audiência global.

Empresas como AT&T e Ben & Jerry’s também apresentam mudanças: a primeira reduziu seus esforços internos de inclusão, enquanto a segunda, que há dez anos inovou ao renomear um sorvete em apoio ao casamento como “I Dough, I Dough”, atualmente mantém uma postura de protesto político mais ativa, com ações públicas em defesa de direitos trans e contra injustiças.

Reconhecimento da evolução ou regressão?

Alguns analistas veem uma tendência de regressão, com as empresas adotando posturas mais estratégicas, buscando equilibrar sua imagem corporativa com os reais avanços da causa LGBTQ+. Outros interpretam essa mudança como fruto de um quadro político e social mais conservador que se instalou, influenciando os investimentos e o discurso público das corporações.

Já para ativistas, esse cenário evidencia que, embora o apoio público tenha recuado, muitas empresas continuam apoiando por dentro, mesmo que de forma mais silenciosa ou por meio de ações de responsabilidade social de menor visibilidade.

Impactos na comunidade e perspectivas

A redução na visibilidade empresarial durante o Pride pode afetar a representatividade e o sentimento de inclusão na sociedade. Entretanto, muitos movimentos internos continuam oferecendo suporte e criando espaços seguros para LGBTQ+ no ambiente corporativo.

Especialistas sugerem que as empresas que permanecerem engajadas de forma autêntica e contínua podem recuperar a confiança e fortalecer sua imagem de comprometimento com a diversidade, além de contribuir verdadeiramente para uma sociedade mais inclusiva.

E você, percebeu alguma mudança na postura das marcas ao celebrar o orgulho LGBTQ+? Compartilhe sua opinião nos comentários!

Quer acompanhar mais conteúdo sobre Pride e diversidade? Confira tudo sobre Pride 2025 no BuzzFeed.

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