Na última terça-feira (1º), em uma entrevista emocionante ao RJ2, Manoel Marins, pai da publicitária Juliana Marins, expressou sua indignação e suas preocupações sobre a autópsia realizada na Indonésia, após a trágica morte de sua filha no Monte Rinjani. O caso, que chocou a opinião pública brasileira, levanta questões sobre a segurança dos parques nacionais indonésios.
Um acidente trágico
No dia 21 de junho, Juliana, 29 anos, sofreu um acidente enquanto fazia trilha no Monte Rinjani, uma das montanhas mais icônicas da Indonésia. A publicitária desapareceu e seu corpo foi encontrado apenas quatro dias depois, em um resgate marcado pela crítica à falta de infraestrutura e informações sobre os riscos da trilha. Manoel Marins revelou que o governo local se comprometeu a revisar os protocolos de segurança do parque.
“Eles abriram a reunião dizendo assim: ‘Nós vamos rever os protocolos do parque’. Era isso que a gente ia pedir.”, contou Manoel. Ele enfatizou que a mudança pode evitar tragédias semelhantes no futuro. “Se vocês fizerem isso, eu vou sentir que a morte da minha filha não foi em vão, porque vai evitar a morte de muitas outras pessoas”, afirmou.
Críticas à autópsia indonésia
A autópsia realizada pelas autoridades indonésias trouxe mais incertezas do que respostas. Apesar de informar que a causa da morte foi um trauma por queda, não ficou claro quando essa queda ocorreu. Dessa forma, Manoel questionou a capacidade da polícia local em realizar um exame de autópsia de qualidade. “Me pareceu que o hospital não dispõe de tantos recursos assim”, disse o pai, que decidiu buscar um novo exame no Brasil.
O novo exame está agendado para a manhã de quarta-feira (2) e poderá trazer mais clareza sobre as circunstâncias da morte de Juliana. A família aguarda com ansiedade os resultados, na esperança de que as informações ajudem a esclarecer os detalhes do acidente.
O impacto emocional de uma perda
Além das questões administrativas e legais, a dor da perda de Juliana está presente em cada declaração de seu pai. Manoel frequentemente compartilha lembranças nas redes sociais, onde expressa sua saudade e sua luta por justiça. A imagem de Juliana ao lado de seu pai no Jalapão, por exemplo, serve como um lembrete do quanto a vida dela foi preciosa e como sua partida deixou um vazio profundo.
A luta por justiça não é apenas uma busca pessoal, mas um clamor que ecoa em muitos que perderam entes queridos em circunstâncias similares. O pai de Juliana Marins se vê como um porta-voz dessas famílias que desejam que sua dor não seja em vão, buscando mudanças e melhorias nas condições de segurança em trilhas e parques de todo o mundo.
Rumo à segurança nas trilhas
As promessas feitas pelas autoridades indonésias de revisar os protocolos do parque são um passo em direção à segurança dos visitantes. Contudo, para Manoel, é essencial que essas promessas sejam seguidas de ações concretas. “Se ela não morrer em vão, isso vai trazer um pouco mais de alento para o nosso coração”, disse ele, intensivando a necessidade de sistemas que protejam vidas.
A morte de Juliana Marins não deve ser apenas uma estatística em um relatório de acidentes—ela deve ser um aviso que nos lembre da importância da segurança em ambientes naturais.
A mensagem de Manoel toca no coração de muitos brasileiros. Sua luta por justiça e segurança traz à tona não apenas a tragédia de uma perda, mas também a esperança de que tragédias assim possam ser evitadas no futuro. É um apelo por responsabilidade, cuidado e, acima de tudo, proteção para todos que buscam explorar as belezas naturais do mundo.
O caso de Juliana Marins é um lembrete da fragilidade da vida e da necessidade de escutarmos as vozes dos que perderam seus entes queridos. Que essa luta não seja em vão e que um novo protocolo de segurança possa ser implementado, garantindo que futuros aventureiros voltem para casa com segurança.
Para mais informações, confira a entrevista completa no G1.