Brasil, 1 de julho de 2025
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Quase 160 mil crianças nasceram sem registro de pai no Brasil

Em 2024, 158.931 crianças foram registradas sem o nome do pai no Brasil, destacando-se o Ceará com 7.317 casos no mesmo período.

Em um panorama preocupante, dados recentes da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) revelam que 158.931 crianças nasceram no Brasil sem o registro do nome do pai em 2024. Este dado alarmante também se reflete no estado do Ceará, onde 7.317 recém-nascidos não tiveram a paternidade reconhecida em seus registros. Somente nos primeiros seis meses de 2025, o estado já contabiliza 2.901 registros com ausência paterna. Essa situação levanta importantes questões sobre os direitos e o reconhecimento das crianças em relação a sua paternidade.

A realidade das paternidades não registradas no Brasil

O alto número de crianças registradas sem o nome do pai evidencia uma lacuna significativa no sistema de registro civil brasileiro. O registro de paternidade é um direito fundamental e está diretamente relacionado ao reconhecimento das crianças por parte de suas famílias, além de contribuir para o seu desenvolvimento emocional e social. Sem esse registro, muitos direitos legais e assistência social podem não ser garantidos, o que pode prejudicar o futuro das crianças afetadas.

O caso do Ceará

No Ceará, a situação é ainda mais visível, com a Defensoria Pública e outras organizações locais tentando conter esse problema. A cada semestre, um número significativo de crianças permanece sem reconhecimento de paternidade, levando as autoridades locais a agir. Em resposta a essa situação, foram realizados mutirões para promover o reconhecimento e a investigação de paternidade no estado, incentivando os pais a formalizar a paternidade.

Mutirões e iniciativas de reconhecimento de paternidade

A Defensoria Pública do Ceará tem promovido mutirões que têm como objetivo facilitar o processo de reconhecimento da paternidade, oferecendo assistência jurídica e informações sobre como regularizar a situação. Esses eventos têm atraído um número crescente de pessoas que buscam entender mais sobre seus direitos e as implicações legais do registro paterno.

A iniciativa visa não só aumentar o número de registros, mas também conscientizar a população sobre a importância do reconhecimento da paternidade. As autoridades acreditam que, além de melhorar as estatísticas, essas ações ajudarão as crianças a se sentirem mais amparadas e reconhecidas dentro de sua estrutura familiar.

Impactos sociais e emocionais

A ausência do nome do pai no registro civil pode ter repercussões significativas na vida das crianças. Estudos mostram que a falta de reconhecimento paterno pode levar a problemas psicológicos, além de afetar o desenvolvimento acadêmico e social. A relação entre pais e filhos é fundamental para a formação da identidade e a autoestima das crianças.

Além disso, a falta de registro pode impedi-las de acessar benefícios sociais, como pensões e heranças. Em um contexto em que os direitos das crianças devem ser sempre priorizados, a situação atual clama por uma mudança efetiva nas práticas de reconhecimento de paternidade.

Considerações finais

Os dados alarmantes sobre o registro de paternidade no Brasil, especialmente no Ceará, revelam um cenário que precisa de atenção imediata. A ação das autoridades e a mobilização social são essenciais para garantir que cada criança tenha seu direito à identidade e ao reconhecimento familiar. O trabalho da Defensoria Pública, assim como o apoio da sociedade, pode fazer a diferença na vida de milhares de crianças que ainda aguardam essa importante formalização em seus registros.

O desafio é grande, mas a esperança de um futuro mais justo e inclusivo está ao alcance de todos nós, que precisamos estar atentos e engajados nessa causa tão importante.

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