O filme “Tubarão”, dirigido por Steven Spielberg e lançado em 1975, é considerado um marco da cinematografia e do gênero de suspense. No entanto, bastidores revelam que sua produção foi marcada por desafios e curiosidades que alteram a forma como assistimos à história do grande predador dos mares. Conheça 13 fatos surpreendentes sobre os bastidores de “Tubarão”.
Escolhas de elenco e desafios na produção
Bob Mattee e os tubarões mecânicos
Para dar vida ao assustador tubarão, Spielberg encomendou a construção de três tubarões mecânicos, chamados de Bruce, em homenagem ao advogado de Spielberg. Os equipamentos, custando cerca de US$ 250 mil, foram produzidos por Bob Mattey, que também trabalhou em “20.000 Léguas Submarinas”. Apesar do investimento, os tubarões frequentemente apresentavam falhas, dificultando as filmagens.
Richard Dreyfuss e a escolha do ator
O ator Richard Dreyfuss, que interpreta o oceanógrafo Matt Hooper, não foi a primeira opção de Spielberg. Jon Voight, Timothy Bottoms e Jeff Bridges chegaram a ser considerados antes de George Lucas sugerir Dreyfuss, que inicialmente não tinha interesse no papel. Após uma segunda conversa com o diretor, ele aceitou participar do filme.
Locais de filmagem e tomadas marcantes
Ilha de Martha’s Vineyard
Martha’s Vineyard foi escolhida por sua água rasa, que permitiu a instalação do famoso tubarão mecânico. Spielberg aproveitou a proximidade do litoral para filmar cenas no oceano, evitando a visão de terra a cerca de 12 milhas do litoral, além de garantir uma profundidade adequada para as gravações.
Captando o medo na água
Para as cenas de confronto com o tubarão, Spielberg contratou os australianos Ron e Valerie Taylor, especialistas em filmagens subaquáticas. Eles capturaram imagens de um ator dentro de uma gaiola, confrontando um tubarão real, mas a gravação nem sempre saiu como planejado, aumentando o suspense do resultado final.
Trama, personagens e conflitos nos bastidores
Relações difíceis entre atores
O relacionamento entre Robert Shaw, que interpretou o comandante Quint, e Richard Dreyfuss não foi amigável. Shaw achava Dreyfuss arrogante, enquanto Dreyfuss tinha dificuldades com os abusos de Shaw, que frequentemente bebia no set. Houve episódios de conflito extremo, incluindo uma briga envolvendo um extintor de incêndio.
Curiosidades sobre o roteiro e cenas cortadas
Uma cena originalmente prevista para mostrar Quint interrompendo uma exibição de “Moby Dick” foi cortada devido à posse dos direitos de Peck sobre o filme clássico. Além disso, a famosa frase “Você vai precisar de um barco maior” foi improvisada por Roy Scheider, transformando-se em um dos diálogos mais icônicos do cinema.
Inovações técnicas e trilha sonora
Trilha sonora e tensão
John Williams criou a inconfundível trilha de “Tubarão” com notas baixas e ritmadas, que contribuíram para gerar uma sensação de medo primal. Inicialmente, Spielberg achou a composição simples demais, mas ela acabou se tornando símbolo de suspense no filme.
Planejamento das cenas aquáticas
Spielberg também contratou a equipe de Stephen e Valerie Taylor para filmar cenas de tubarões reais, o que deu maior autenticidade às imagens. Apesar do sucesso, as gravações enfrentaram dificuldades técnicas e imprevistos, ressaltando o trabalho intenso por trás das câmeras.
Legado e impacto cultural
Esses bastidores demonstram que “Tubarão” foi uma produção repleta de obstáculos, o que reforça sua importância na história do cinema. Muitos detalhes, como o conflito entre atores e os truques utilizados, contribuíram para criar uma obra que continua assustando gerações.
Para quem deseja explorar ainda mais os segredos dos bastidores de filmes clássicos, o filme marcou uma nova era de produções em Hollywood, influenciando a direção, efeitos especiais e o conceito de blockbuster.