Brasil, 1 de julho de 2025
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Um ataque mostrou a fragilidade da estabilidade no Golfo

Ataque iraniano contra base dos EUA em Qatar revelou dependência do golfo na proteção americana e sua vulnerabilidade regional

No dia 23 de junho, o Irã lançou mísseis balísticos contra a Base Aérea de Al Udeid, no Qatar, em uma retaliação à participação dos Estados Unidos na guerra contra Teerã. O ataque, sem aviso prévio e de forma meticulosa, foi um golpe na suposta estabilidade da região do Golfo, demonstrando a vulnerabilidade dos países árabes sob proteção americana.

A vulnerabilidade dos países do Golfo perante o conflito Irã-EUA

Apesar de investirem bilhões em companhias de inteligência artificial, clubes de futebol, cidades futurísticas e times de golfe, os monarcas do Golfo vivem com medo de serem pegos no meio do confronto entre EUA e Irã. A ação militar iraniana evidenciou essa dependência ao atacar uma base militar americana em uma região que muitos consideram assegurada pela presença dos Estados Unidos.

Segundo especialistas, o Irã, isolado após a Revolução de 1979, construiu uma estrutura de segurança complexa, incluindo seu programa nuclear. Em contraste, o golfo externalizou sua segurança, confiando na proteção dos Estados Unidos, como mostrou a necessidade de Qatar usar baterias de defesa Patriot em seu território, também operadas em conjunto com os americanos.

Irã e o jogo de informações na retaliação

O ataque do Irã não foi comunicado aos países do Golfo, como Qatar, Uruguai e Arábia Saudita, que foram pegos de surpresa. O Irã compartilhou detalhes do ataque apenas com os EUA, informando-os sobre o momento, o alvo e a natureza da retaliação. Qatar, por sua vez, recebeu a notícia ao mesmo tempo que os americanos e sem ter o ataque como alvo principal.

Consequências políticas e econômicas na região

Apesar do temor de uma escalada maior, os países do Golfo limitaram sua resposta às condenações públicas e à declaração de que reservam o direito de se defender. Uma resposta militar direta teria elevado o conflito a níveis insustentáveis ou provocado uma ordem de Trump para recuar, o que demonstra a fragilidade da postura regional diante de um conflito de grande escala.

Economicamente, o episódio afetou o trânsito na região, com o fechamento temporário do espaço aéreo do Golfo, prejudicando o status dos principais centros de transporte e comércio. Mesmo tentando manter uma aparência de estabilidade, empresários e governos têm olhos atentos ao risco de uma retomada das hostilidades.

Olhar para o futuro na fragile região do Golfo

O ataque reforça a ideia de que, apesar dos esforços por diversificação, os países do Golfo permanecem vulneráveis às dinâmicas de poder entre Estados Unidos e Irã. Assim, a região continua exposta às incertezas de um conflito que pode facilmente reavivar tensões e afetar sua estabilidade econômica e política.

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