Brasil, 1 de julho de 2025
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Como as marcas abordam o orgulho LGBTQ+ agora versus há uma década

De apoio visível e campanhas icônicas a uma presença mais discreta e limitadas ações públicas, a evolução nas estratégias das empresas refletir mudanças culturais.

Desde 2015, quando a união civil igualitária foi conquistada nos Estados Unidos, as abordagens das grandes empresas em relação ao orgulho LGBTQ+ passaram por transformações significativas. A análise dessas mudanças revela tanto avanços quanto retrocessos na cultura corporativa de inclusão e apoio à comunidade.

Mudanças na forma de mostrar apoio ao orgulho LGBTQ+ ao longo de uma década

Campanhas públicas e ações de destaque

Em 2015, empresas como Target e Facebook marcaram forte presença em Pride. A Target lançou a campanha #TakePride, com um vídeo de 80 segundos que celebrava o orgulho de ser quem se é, reforçando um compromisso de ano todo. Facebook superimpostava arco-íris nas fotos de usuários, apoiando a causa visivelmente e com celebridades apoiando publicamente a união civil.

Na mesma época, marcas como Google e Coca-Cola inovaram ao criar campanhas que destacavam a diversidade, incluindo anúncios com pessoas trans e famílias LGBTQ+, fortalecendo uma narrativa de inclusão e respeito.

O que mudou em 2025?

Hoje, o cenário mudou drasticamente: Target, por exemplo, mantém uma coleção de roupas e artigos para casa com temática Pride, porém com menor destaque social e presença digital. A empresa é patrocinadora platinum de Pride em Nova York, mas não divulga tanto suas ações em plataformas como Instagram.

Tesla, que em 2015 exibiu um carro com arco-íris e mensagem de igualdade, atualmente não participa de ações públicas de Pride. Elon Musk, seu CEO, tem feito postagens contrárias a movimentos “woke”, refletindo uma postura mais conservadora.

Facebook e Google também tiveram mudanças. Facebook eliminou eventos de Pride de seus aplicativos, enquanto o Google, que em 2015 tinha campanhas comemorativas inclusive de cultura LGBTQ+, atualmente apresenta doodles temáticos de gênero ou música, mas sem o mesmo impacto de antes.

Retrocessos na visibilidade corporativa

Outro exemplo de mudança foi a relação de marcas com o apoio formal à comunidade LGBTQ+. Coca-Cola, que em 2015 celebrou a diversidade com um anúncio apresentando uma família queer, mantém presença em Pride, mas sem as ações de destaque anteriores.

Algumas empresas, como a Anheuser-Busch, optaram por não renovar patrocínios tradicionais como o PrideFest de St. Louis, após décadas de apoio, refletindo uma possível preferência por ações mais discretas ou a atuação de um clima mais conservador no cenário empresarial.

Declínio do apoio de grandes marcas

McDonald’s, Starbucks e outras corporações também redimensionaram sua visibilidade em Pride. Starbucks, que em 2015 levantou a bandeira do orgulho em sua sede, agora mantém eventos limitados e foco em ações regionais. Nivea e MAC, que marcaram presença com campanhas de apoio, tiveram durante esse período ajuste na visibilidade ou até redução de ações públicas.

O que esses movimentos indicam para o futuro?

As mudanças na abordagem das marcas revelam uma polarização cultural maior. Enquanto algumas continuam apoiando o orgulho LGBTQ+ de forma pública e símbolo de inclusão, outras optam por uma postura mais cautelosa ou mesmo de silêncio, possivelmente em resposta ao contexto político e social mais conservador de alguns países ou regiões.

Especialistas apontam que, apesar dos reveses, há uma consciência maior sobre o impacto de uma postura genuína. “A autenticidade no apoio às comunidades LGBTQ+ é essencial para fortalecer marcas inclusivas,” analisa Laura Oliveira, especialista em comportamento de consumo.

Perspectivas para a próxima década

A tendência indica que as ações corporativas de apoio à diversidade podem evoluir, buscando equilíbrio entre visibilidade e autenticidade. O impacto dessa mudança de década para as marcas será definido pelo modo como responderão às expectativas sociais de inclusão genuína versus interesses comerciais.

Você percebeu alguma mudança significativa na forma como as marcas apoiam o orgulho LGBTQ+? Comente abaixo!

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