Brasil, 1 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Baixa adesão marca manifestação bolsonarista em São Paulo

A manifestação na Avenida Paulista contou com apoio discretamente leal ao bolsonarismo e levantou debates sobre futuro político.

A última manifestação bolsonarista realizada na Avenida Paulista, em São Paulo, foi marcada por uma presença significativamente reduzida, com apenas 12,4 mil participantes, segundo análise do Monitor do Debate Político no Meio Digital, da USP. O evento não apresentou um mote claro, o que pode ter contribuído para a baixa adesão. Entre os manifestantes, destacaram-se aqueles que demonstraram simpatia por ideias radicais, como a decretação de um estado de defesa após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Apoio ao estado de defesa é notável

Uma pesquisa realizada em parceria com o grupo More in Common, liderado pelo pesquisador Pablo Ortellado, revelou que 70% dos presentes à manifestação considerariam “muito adequada” a decretacão de estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esta medida, discutida em círculos próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro, revela um apoio considerável à ideia de radicalização nas ações políticas, mesmo que confirme a polarização já existente no Brasil após as últimas eleições.

Percepções sobre intervenção militar

Frações significativas dos manifestantes, 62%, concordam com a afirmação de Bolsonaro de que “são malucos” aqueles que postulavam intervenções militares. Este número exemplifica alinhamento com a ideologia do ex-presidente e reflete um movimento que pode ser entendido como um núcleo duro de apoio, mesmo que em número reduzido. Segundo Ortellado, essa unificação do campo bolsonarista é algo que não se observa com a mesma força entre grupos de esquerda.

A mobilização discreta e a falta de bandeira nítida

Durante a manifestação, a falta de uma bandeira ou motivações claras para o ato foi um dos fatores que pode ter desestimulado a participação popular. Ortellado sugere que a decisão de não realizar uma mobilização mais amplamente divulgada pode ter sido um erro tático. Além disso, o perfil demográfico dos presentes se assemelhava ao de outras manifestações anteriores, indicando que o público predominante continua a ser uma faixa limitada de apoio, cuja mobilização tem mostrado recuo nos últimos meses.

Eduardo Bolsonaro emerge como candidato viável

Apesar da escassa adesão ao evento, a pesquisa indicou um crescimento no apoio ao deputado Eduardo Bolsonaro como uma potencial figura presidencial para 2026. Enquanto uma pesquisa anterior apontava apenas 4% de apoio para sua candidatura entre os eleitores de direita, recentes levantamentos mostraram que seu nome é conhecido e mais bem aceito entre os manifestantes, com 28% indicando sua candidatura como viável. O cenário parece ter mudado após sua recente entrevista à revista Veja, na qual se posicionou como candidato, o que, segundo Ortellado, pode ter energizado sua militância.

Reflexões sobre o futuro do bolsonarismo

A manifestação, embora pequena, representa um segmento significativo da base de apoio ao bolsonarismo e lança luz sobre as complexidades das interações políticas atuais no Brasil. O movimento bolsonarista está longe de ser unificado e enfrenta um caminho repleto de desafios, especialmente em um cenário onde a polarização política continua a se aprofundar. As estratégias futuras de mobilização e eleitorais poderão definir o futuro do bolsonarismo e a trajetória de suas figuras centrais, como Eduardo Bolsonaro.

Com a aproximação de novas eleições, os Desdobramentos nas manifestações e seu impacto nas dinâmicas eleitorais serão observados de perto, à medida que o Brasil continua a navegar em um cenário político turbulento.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes