Em estado de alerta máximo, Mark Zuckerberg e a Meta estão investindo bilhões para ampliar sua equipe de inteligência artificial (IA) e recuperar posições na corrida tecnológica. Em junho, a empresa anunciou uma injeção de mais de 14 bilhões de dólares na compra de uma participação de 49% na Scale AI, especializada em armazenamento de dados para modelos de IA.
Meta reforça investimento em inteligência artificial
Segundo fontes nos Estados Unidos, a Meta, com sede em Menlo Park (Califórnia), manteve contato com nomes de peso do setor, como o cofundador da OpenAI, Ilya Sutskever, e com concorrentes como Perplexity AI e Runway, especializadas em IA para vídeos. Além do investimento direto, a empresa busca captar US$ 29 bilhões em créditos privados para financiar data centers dedicados à IA nos EUA, conforme reportagem do O Globo.
Mark Zuckerberg, que lidera a iniciativa, manifestou preocupação com o fato de a Meta estar ficando para trás na área de IA generativa, especialmente após o lançamento do modelo Llama 4, em abril, considerado decepcionante por especialistas. A estratégia inclui atrair talentos que receberam bônus de mais de 100 milhões de dólares para deixar empresas concorrentes, como a própria OpenAI, evidenciando a alta competitividade do setor.
Desafios e ceticismo na batalha pela IA
Apesar dos investimentos, a Meta enfrenta dificuldades para conquistar o talento necessário. O especialista em IA Zvi Mowshowitz avalia que, apesar de atrair talentos com altos salários, a postura mercenária e a cultura de trabalho na empresa tornam a tarefa mais difícil. “Ninguém quer trabalhar na Meta sem um salário muito alto”, critica o especialista.
Enquanto isso, investidores na Bolsa de Wall Street demonstram preocupação com a capacidade da Meta de equilibrar gastos elevados com a manutenção da liquidez. Segundo analistas, a estratégia de Zuckerberg ainda conta com a forte receita de publicidade relacionada à IA, mas há riscos de gastos descontrolados que possam prejudicar a companhia a longo prazo.
Perspectivas futuras e inovação na IA
Zuckerberg planeja substituir as atuais agências de marketing pela IA, criando uma solução autônoma que possa aprimorar a publicidade e gerar novas fontes de renda. Ainda assim, alguns especialistas indicam que a Meta pode prosperar mesmo sem os modelos mais avançados de IA, focando em segmentos específicos como publicidade e dispositivos conectáveis, como óculos e fones de ouvido.
Quanto à superinteligência, uma IA que supera a capacidade humana, os especialistas estimam que sua chegada deve ocorrer em pelo menos três a cinco anos, exigindo grandes investimentos em recrutamento e pesquisa. “É fundamental recrutar as pessoas certas e investir em grande escala para estar preparado”, afirma Zvi Mowshowitz.
Apesar do otimismo de Zuckerberg, a meta de se destacar na próxima fase da IA ainda enfrenta várias incógnitas. Mesmo com dificuldades para atrair talentos de elite, a Meta mantém seu foco na inovação, tentando superar obstáculos e consolidar sua presença no desenvolvimento da inteligência artificial.
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