Brasil, 1 de julho de 2025
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Wajngarten e advogado de Bolsonaro prestam depoimento à PF

A investigação da Polícia Federal envolve mensagens atribuídas ao delator Mauro Cid em uma trama golpista.

A Polícia Federal (PF) está realizando uma série de depoimentos envolvendo figuras importantes na investigação da trama golpista que visava a permanência do ex-presidente Jair Bolsonaro no poder após sua derrota nas eleições. Nesta terça-feira, 1º de julho, os advogados Paulo Costa Bueno e Eduardo Kuntz, além do ex-secretário de Comunicação Social da Presidência, Fabio Wajngarten, foram ouvidos na Superintendência da PF em São Paulo.

Contexto da investigação

A investigação gira em torno de mensagens atribuídas ao tenente-coronel Mauro Cid, que se tornou um delator no caso. As mensagens, que supostamente discutem detalhes de sua delação premiada, levantaram preocupações sobre possíveis tentativas de obstrução da Justiça. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que os depoimentos ocorressem após a revelação de que conversas em uma conta do Instagram corromperam o sigilo do acordo de delação de Cid.

Eduardo Kuntz, advogado de Marcelo Câmara — ex-assessor de Bolsonaro — também prestou depoimento, e as oitivas foram organizadas de forma simultânea, refletindo a gravidade das acusações. Nos últimos dias, a defesa de Cid destacou a violação do sigilo da delação como uma conduta imprópria, que poderia levar à invalidade do acordo.

Desenvolvimentos recentes

No dia 17 de junho, Kuntz informou ao STF que teve uma conversa com Cid através do Instagram, na qual discutiram a delação, revelando uma possível violação. Embora Cid tenha negado o uso de tal perfil para discutir sua delação, os advogados do tenente-coronel pediram a investigação da conta que publicou as mensagens.

No dia 9 de junho, durante um interrogatório, Cid foi questionado se havia falado sobre sua delação com outras pessoas através do Instagram e negou. A defesa tentava verificar se o perfil “GabrielaR702” representava a esposa de Cid, mas ele alegou não saber se era de fato dela. Após isso, mensagens atribuídas a esse perfil surgiram na revista Veja, criando mais complicações no caso.

Mensagens e conexões com a defesa de Bolsonaro

Após a entrega das mensagens ao STF, Moraes mandou prender Marcelo Câmara e decidiu que tanto ele quanto Kuntz seriam investigados por obstrução de Justiça. O ministro se manifestou sobre a gravidade das condutas, que sugeriam uma possível tentativa de interferir na investigação.

A Meta, empresa responsável pelo Instagram, foi instruída a enviar dados relevantes sobre as conversas remetidas entre Kuntz, o perfil “GabrielaR702” e outros advogados associados ao ex-presidente. A defesa de Cid apresentou que Kuntz e Wajngarten tentaram contatar Cid por meio da família dele, incluindo sua filha menor e sua esposa, em um suposto esforço para influenciar a defesa do delator.

Reações e posicionamentos

Em resposta às investigações, Wajngarten comentou nas redes sociais que está lidando com a situação “com tranquilidade”. Ele afirma que as investigações podem estar ocultando a falta de voluntariedade de Mauro Cid em seu depoimento, algo que gerou grande controvérsia. As abordagens da defesa de Bolsonaro e seus advogados confirmam a tensão em jogo, à medida que a situação se desenrola.

Enquanto as investigações continuam, os desdobramentos da trama golpista em relação ao ex-presidente e seus associados estão longe de se resolver, e novos fatos surgem quase que diariamente, apresentando um desafio constante para todos os envolvidos.

Em resumo, a situação se desdobra em várias frentes, com a Polícia Federal trabalhando intensamente para esclarecer os papéis de cada indivíduo na tentativa de manter Bolsonaro no poder e os possíveis crimes cometidos durante o processo.

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