O crime chocou a comunidade de Vicente Pires, no Distrito Federal, após um atroce ato cometido em setembro de 2024. Kayky Ferreira Bastos, acusado de assassinar o delegado aposentado Luiz Ricardo e Silva, de 57 anos, foi condenado a 29 anos, nove meses e 15 dias de prisão. O veredicto foi emitido na última segunda-feira (30) pela 1ª Vara Criminal e do Tribunal do Júri de Águas Claras, confirmando a gravidade dos crimes de latrocínio e furto qualificado.
Os detalhes do crime
A investigação revelou que Kayky, que mantinha um relacionamento com o delegado há cerca de seis meses, esteve na casa da vítima durante a manhã do dia 6 de setembro de 2024. Após uma noite na residência do delegado, Kayky encontrou uma arma de fogo e, de maneira cruel, atirou no delegado enquanto ele ainda estava dormindo. Em seguida, o acusado fugiu levando pertences de valor, incluindo um celular, cartões bancários, aproximadamente R$ 810 em dinheiro e o carro da vítima, um Toyota Corolla.
Consequências imediatas
Logo após o crime, Kayky utilizou os cartões bancários do delegado para realizar diversas transações ilegais, totalizando quatro saques e compras que foram posteriormente rastreadas pela polícia. As ações de Kayky durante e após o crime indicam não apenas um ato de desespero, mas também uma clara premeditação e planejamento. Conforme apontado na sentença, testemunhas relataram que ele havia comentado sobre a aquisição de bens que coincidiam com os do delegado, como um Corolla e uma casa, apenas duas semanas antes do assassinato.
Decisão judicial e repercussões
Na decisão do juiz, que manteve a prisão preventiva de Kayky, foram ressaltados os riscos envolvidos em liberar o réu. O magistrado enfatizou que “o risco de reiteração delitiva é evidente, face à periculosidade e à audácia do agente”, lembrando que Kayky já havia sido condenado por furto aproximadamente um mês antes dos crimes de latrocínio e furto qualificado. A decisão judicial reflete a crescente preocupação com a segurança pública e a necessidade de manter a população protegida de indivíduos que demonstram um padrão de comportamento criminoso.
Prisão do acusado
Kayky Ferreira Bastos foi detido no dia seguinte ao assassinato, no Gama, enquanto trabalhava em um bar. Durante o interrogatório, ele confessou o crime à Polícia Civil, o que provocou uma onda de choque na sociedade, gerando debates sobre a segurança e a eficácia do sistema de justiça na proteção de seus cidadãos. A prisão rápida do acusado não apenas trouxe um alívio para a comunidade, mas também chamou a atenção para a urgência de políticas mais rigorosas para combater crimes violentos.
Impacto na sociedade
Este caso evidencia não apenas a tragédia individual da família do delegado Luiz Ricardo e Silva, mas também as falhas sistêmicas que permitem que crimes dessa natureza ocorram. Ele destaca a necessidade de um debate mais amplo sobre segurança pública e o papel das autoridades no combate à criminalidade. Com o veredicto, a Justiça busca não apenas punir, mas também enviar uma mensagem forte à sociedade sobre a intolerância a crimes violentos.
O crime que levou à condenação de Kayky Ferreira Bastos é um lembrete sombrio das consequências da violência e a importância de uma ação eficaz por parte das autoridades para prevenir que novas tragédias aconteçam em nossas comunidades. O clamor por justiça não é apenas por parte da família do delegado, mas por toda uma sociedade que anseia por maior segurança e proteção.