Brasil, 1 de julho de 2025
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Ministro moraes não admite tumulto no processo de bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes reafirmou que o processo contra Bolsonaro seguirá sem interrupções e com prazos definidos.

No cenário político brasileiro, o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro continua a gerar amplas repercussões. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deixou claro que “não será admitido tumulto processual e pedidos que pretendam procrastinar o processo”. A declaração foi feita em meio a um momento crítico da ação penal em andamento, que envolve Bolsonaro e outros réus. Moraes ainda afirmou que a Corte lidará com as questões pertinentes no momento adequado, reafirmando sua posição firme sobre o andamento do caso.

Abertura de prazo para a PGR se posicionar

Na semana passada, Moraes estabeleceu um prazo de 15 dias para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentasse seu posicionamento no processo, no qual deve defender a absolvição ou condenação de Bolsonaro e dos demais acusados. Esse prazo se destaca como uma das últimas etapas para a conclusão da ação, que pode ter implicações severas tanto para Bolsonaro quanto para seu círculo próximo.

Controvérsia sobre a criação do perfil no Instagram

Um dos aspectos centrais do processo gira em torno de um perfil de Instagram, cuja autoria é disputada. O advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, argumentou que a PGR deveria se manifestar sobre dados fornecidos pelas empresas Meta (dona do Instagram) e Google. Segundo Vilardi, as evidências apontam que Cid, um militar envolvido no caso, foi o responsável pela criação da conta. Durante seu depoimento à Polícia Federal (PF), o militar, no entanto, negou ter qualquer conexão com o perfil.

Provas apresentadas pela defesa

Vilardi ressaltou que os dados fornecidos pela Meta não apenas indicam que a conta foi criada utilizando um e-mail atribuído a Mauro Cid, mas também mostram que houve a verificação desse endereço. Além disso, detalhes como acessos feitos com apenas um minuto de diferença entre o Instagram e o e-mail utilizado foram levantados, reforçando a acusação de que Cid teria operado o perfil. Outro ponto mencionado é que o protocolo de identificação (IP) correspondente a um dos acessos estava na mesma região em que Cid reside, em Brasília.

Declarações do advogado de Bolsonaro

Vilardi acusou o delator de mentir em seus depoimentos, afirmando que “as mentiras do delator não só têm se amontoado, como também são cada vez mais descaradas e, aparentemente, envolvem destruição de prova.” Ele afirmou que o perfil em questão foi deletado, o que complicaria a busca por evidências. A defesa é enfática na necessidade de clareza sobre quem realmente estava operando a conta do Instagram.

Contraposições de Cid

Em seu depoimento, o tenente-coronel Mauro Cid reiterou que não criou o perfil e alegou não saber quem o fez. Cid também afirmou que não utilizava redes privadas (VPN) para ocultar sua localização, processo que poderia ter servido como defesa para o acesso ao perfil. Substantivando sua argumentação, Cid negou em depoimento à PF qualquer comunicação com o advogado Eduardo Kuntz por meio da plataforma, apesar de Kuntz ter afirmado ao STF que manteve contato com o militar pela conta.

Desdobramentos do processo

O andamento deste caso é crucial não apenas para o futuro de Jair Bolsonaro, mas também para os desdobramentos políticos no Brasil. A próxima manifestação da PGR pode definir o rumo da ação, levantando questionamentos sobre a legalidade das ações e a veracidade das declarações prestadas por todos os envolvidos. A expectativa é que o cenário se esclareça nos próximos dias, assim que o prazo de 15 dias estipulado por Moraes se esgote, trazendo novas revelações à tona.

Em um contexto onde a confiança pública nos processos judiciais é vital, a maneira como este caso será tratado pode influenciar a percepção da justiça no Brasil, tornando cada passo do processo digno de nota.

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