Brasil, 1 de julho de 2025
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Ministro do Trabalho critica alta da Selic e fala em “cortar os pulsos” se juros não forem reduzidos

Luiz Marinho reclama da taxa de juros de 15% ao ano e destaca impacto na criação de empregos no Brasil

Ao comentar o resultado da criação de empregos formais em maio, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, criticou duramente a alta da taxa Selic nesta segunda-feira (30/6). Segundo ele, “somos escravos dos juros altos”.

Juros elevados dificultam crescimento do mercado de trabalho

Marinho afirmou que o elevado patamar da Selic, atualmente em 15% ao ano após a sétima alta consecutiva do Comitê de Política Monetária (Copom), prejudica a geração de empregos no país. “Os juros atrapalham um bocadinho [a criação de empregos]. Se não fosse o juros nesse patamar, seguramente poderíamos estar crescendo mais”, declarou.

Ele destacou que, no acumulado do ano, foram abertas 1,051 milhão de vagas formais, uma queda de 4,90% em comparação às 1,1 milhão de 2023. Para o ministro, a desaceleração está diretamente relacionada à política de juros do Banco Central.

Crítica à política monetária e possíveis mudanças

Marinho sugeriu que o Banco Central deve “olhar para essa armadilha” e considerar o início de uma redução dos juros, argumentando que uma diminuição na taxa poderia acelerar o crescimento do mercado de trabalho. “Quem sabe isso [a desaceleração na criação de empregos] deixe o pessoal do Banco Central feliz e possa começar o processo de redução dos juros”, afirmou.

Questionado sobre as projeções de que a Selic não cairá abaixo de dois dígitos durante o governo Lula, o ministro afirmou de forma dramática: “Temos que cortar os pulsos se acontecer isso”. Ele também criticou o relatório Focus, publicado pelo Banco Central, e afirmou não acreditar nas previsões de juros elevados. “Me recuso a acreditar nisso, não é possível um negócio disso”, declarou.

Enfoque na produção e combate à inflação

Marinho reforçou a necessidade de um “pacto” para melhorar a inflação por meio do aumento da produção, contra a visão de que a política monetária seja o único instrumento para conter os preços. Segundo ele, a persistência da inflação exige uma abordagem mais ampla, incluindo estímulo à produção.

O ministro também destacou que, mesmo com o crescimento mais lento do mercado de trabalho, a tendência é de expansão, desde que o cenário de juros elevados seja revertido. Ele assegurou que o impacto das guerras no Oriente Médio e Eurásia não influencia na situação do mercado de trabalho no Brasil.

O discurso de Marinho reflete a preocupação do governo com os efeitos das altas taxas de juros na economia e na geração de empregos, sinalizando uma possível pressão por parte do Executivo para uma mudança na política monetária.

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