O Brasil fechou maio com saldo positivo de 148.992 postos de trabalho formais, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgado nesta segunda-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Geração de empregos acumula 1,05 milhão no ano
No período de janeiro a maio, o país criou 1.051.244 novas vagas, equivalente a um crescimento de 2,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. Atualmente, o estoque de empregos formais no Brasil é de 48.251.304 postos de trabalho.
Principais setores e estados
O resultado de maio foi impulsionado por 2.25 milhões de admissões e 2.107.233 desligamentos. Os setores de serviços, comércio, indústria e agropecuária tiveram saldo positivo, destacando-se o setor de serviços com 70.139 novos empregos e o comércio, com 23.258.
Indústria, agropecuária e construção civil
A indústria gerou 21.569 novos postos de trabalho, enquanto a agropecuária criou 17.348 vagas e a construção civil, 16.678.
Estados líderes na geração de empregos
Entre os estados, São Paulo liderou com um saldo de 33.313 empregos, seguido por Minas Gerais (+20.287) e Rio de Janeiro (+13.642). O maior crescimento relativo aconteceu no Acre, com uma variação de 1,24%. O único saldo negativo foi registrado no Rio Grande do Sul, que teve 115 vagas perdidas.
Perfil dos novos empregos em maio
Os dados apontam que a geração de postos foi mais significativa entre mulheres, com 78.025 novas vagas, do que entre homens, com 70.967. Jovens de 18 a 24 anos também tiveram destaque, com a criação de 98.003 empregos. Os maiores setores de contratação foram o comércio (35.901) e a indústria da transformação (20.287).
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que “a esmagadora maioria dos postos de trabalho criados são de jovens” e desmistificou a ideia de que os jovens não estão aceitando entrar no mercado de trabalho.
Desafios: salários baixos e inclusão
Marinho destacou que a principal barreira para os jovens ingressarem no mercado formal são os baixos salários oferecidos atualmente. Para atrair mais jovens ao mercado com carteira assinada, o ministro defende uma revisão dos pisos salariais.
“O emprego também foi maior para pessoas com nível médio, com saldo de 113.213, e para pardos, com 116.476. Para o grupo de Pessoas com Deficiência (PCD), o saldo foi de 902 vagas”, destacou o ministro.
O salário médio real de admissão em maio ficou em R$ 2.248,71, representando uma leve queda de 0,5% em relação ao mês anterior.
Para mais detalhes, acesse a fonte no portal Agência Brasil.