O diretor Danny Boyle revelou nesta semana que grande parte das filmagens de “28 anos depois” foi realizada com iPhones com recursos avançados, uma escolha que trouxe vantagens técnicas e estéticas. O filme, continuação do aclamado horror de 2002, estreou na semana passada e já conquistou críticas e público.
Motivação por trás do uso de iPhones no filme
Durante entrevista ao canal do YouTuber Matti Haapoja, Boyle explicou que a decisão foi estratégica: “[Usar iPhones] permitiu que fôssemos muito leves, com um impacto mínimo em áreas do país que queríamos sugerir que não foram tocadas por 28 anos”, disse. Ele acrescentou que as câmeras eram modelos modificados, com melhorias consideráveis, e que às vezes eram utilizados até 20 dispositivos simultaneamente para registrar uma mesma cena.
Boyle também destacou o uso de drones para captar sequências nas áreas rurais, sem a necessidade de equipamentos pesados, o que facilitou a locomoção rápida em regiões como Northumbria, cenário do filme. “Filmar com iPhones nos permitiu mover-nos sem um grande aparato, mantendo a autenticidade do ambiente”, afirmou.
Estética e impacto na narrativa
Segundo o cineasta, a técnica de filmar com esses dispositivos proporcionou uma experiência mais visceral para o público, criando momentos impactantes que convidam o espectador a se aprofundar na imagem antes de ser ‘jogado de volta’ para a visão geral da cena. Boyle comparou essa abordagem ao estilo de “28 Days Later”, também dirigido por ele, feito com câmeras de mão.
“Decidimos levar essa influência adiante”, afirmou ao Wired, reforçando o aspecto de continuidade estética entre os dois filmes.
Revelações e significados do final
Além da técnica, as cenas finais do filme despertaram discussões, com Boyle esclarecendo o significado de certos momentos enigmáticos na sequência do desfecho. A trama, inclusive, propõe reflexões sobre temas complexos, que Boyle detalhou em outras entrevistas.
Próximos passos e sucesso de bilheteria
“28 anos depois” já está em cartaz, e a sequência está prevista para estreia em janeiro do próximo ano, integrando um possível novo trilogia. Sua recepção tem sido positiva, consolidando o projeto como um sucesso de crítica e bilheteria, além de abrir espaço para debates sobre as inovações técnicas empregadas.