Brasil, 30 de junho de 2025
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Governos do Nordeste atraem investimentos em energia solar e impulsionam crescimento econômico

Região do semiárido investe em parques solares e unidades consumidoras, atingindo 4% de crescimento do PIB em 2024

Os governos do Nordeste têm intensificado esforços para atrair investimentos em parques solares e unidades consumidoras, aproveitando o clima do semiárido para impulsionar a economia regional. Em 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste cresceu 4%, superior à média nacional de 3,8%, conforme dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre).

Folga na geração centralizada e incentivo ao desenvolvimento sustentável

Até junho, o Nordeste lidera a geração centralizada solar, com 2,4 mil MW de potência instalada. Pernambuco, por exemplo, possui 862 MW em usinas solares, sendo o segundo maior produtor da região, com destaque para a cidade de São José do Belmonte, que se tornou referência no setor.

Além da geração centralizada, o estado conta com mais de 124 mil unidades de geração distribuída e um total de 1 GW de energia produzida. Pelo Programa de Transição Energética da Bahia (Protener), a meta é atingir 27 GW de fontes renováveis até 2030, reforçando o compromisso com a sustentabilidade.

Desafios na transmissão e limitações regionais

Apesar do avanço, há obstáculos, como a baixa capacidade de transmissão no Rio Grande do Norte, terceiro na geração solar regional com 1,39 GW até junho. Hugo Fonseca, secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, alertou para riscos ao cronograma de novas operações por causa dessa limitação.

Avanços regulatórios e simplificação de licenciamento

Estados como Pernambuco aumentam a potência instalada com a instalação de usinas sem a necessidade de licenciamento ambiental para projetos menores, facilitando os investimentos. Pernambuco figura em quarto lugar na potência instalada de grandes empreendimentos, com 2,5 GW, quantidade que deve subir com o plano de expansão, que inclui 95 novas usinas.

Perspectivas futuras e compromissos internacionais

O Nordeste destaca-se na agenda ambiental brasileira, buscando uma transição justa que beneficie economia, sociedade e meio ambiente. André Ferraro, chefe do gabinete da Secretaria Estadual do Meio Ambiente da Bahia, reforçou que o momento é de oportunidades.

Ao mesmo tempo, o estado da Bahia possui 79 usinas em operação e 171 mil unidades consumidoras, totalizando 1 GW de geração distribuída. Com as ações do Programa de Transição Energética, a previsão é alcançar 27 GW de fontes renováveis até 2030, contribuindo para o combate às mudanças climáticas.

Desafios e a necessidade de inovação tecnológica

Apesar do progresso, o setor enfrenta desafios, como a baixa capacidade de transmissão no Rio Grande do Norte, o que limita o crescimento. Hugo Fonseca disse que há riscos ao cronograma de novas operações, o que exige soluções tecnológicas e investimentos em infraestrutura.

Em Bonn, na conferência pré-COP, o Brasil reforçou seu compromisso de promover uma transição energética sustentável, embora haja críticas quanto à efetividade das estratégias atuais. Segundo especialistas, as políticas precisam de remendos tecnológicos para garantir uma transição justa e eficiente.

Guilherme Sá, secretário-executivo de Energia de Pernambuco, destacou a importância de fontes limpas como atrativo para investidores, realçando que a região já conta com 67 usinas e mais de 124 mil unidades de geração distribuída, com potencial de atingir 4,1 GW de capacidade com futuras expansões.

Para saber mais detalhes sobre os investimentos e perspectivas na energia solar do Nordeste, acesse o fonte original.

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