Brasil, 30 de junho de 2025
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Marco Centurion e os astros: registros de meteoros em Sorocaba

Físico e astrônomo revela fenômenos celestes e dá dicas para observar meteoros em Sorocaba.

Em um céu repleto de mistérios e belezas, Marco Centurion, um dedicado físico e astrônomo de Sorocaba (SP), destaca-se por registrar espectáculos celestes, entre eles os famosos meteoros, popularmente conhecidos como estrelas cadentes. Com um arquivo repleto de registros fascinantes, Centurion compartilha suas experiências e conhecimentos sobre a origem desses fenômenos luminosos e a relação deles com asteroides que vagam pelo espaço.

O que são meteoros, meteoroides e asteroides?

A definição de meteoros e seus primos astrológicos começa com a matéria da poeira cósmica, remanescente do início do Sistema Solar. Os asteroides são corpos rochosos e metálicos, cujo tamanho e forma são irregulares, e que não conseguiram se unir a luas ou planetas. Quando esses asteroides se fragmentam, os pedaços resultantes são chamados de meteoroides. Quando esses meteoroides entram na atmosfera da Terra, podemos observar o brilho intenso — o meteoro.

“Popularmente, chamamos os meteoros de estrelas cadentes devido ao brilho. Esse efeito luminoso ocorre devido à compressão dos gases à medida que o meteoroide se aproxima da Terra, resultando em um aumento rápido de temperatura e luminosidade,” explica Centurion. Se algum fragmento sobreviver à queima atmosférica e for encontrado, ele passa a ser chamado de meteorito.

Observando os meteoros em Sorocaba

Equipado com câmeras no Clube de Astronomia de Sorocaba, Marco Centurion monitora o céu todas as noites, em busca desses fenômenos. Sua dedicação deu origem a registros que destacam não apenas a beleza do céu, mas também a natureza efêmera dos meteoros. Em um dos vídeos mais impactantes, um meteoro é visto “explodir” duas vezes no céu. Essas experiências têm ajudado a educar a população local sobre esses astros e seus impactos.

O processo de observação se intensifica quando os meteoroides se aproximam da atmosfera terrestre, passo em que a Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) inicia sua vigilância. “Diariamente, milhares de meteoros são observados em todo o Brasil, porém apenas uma fração deles apresenta um brilho intenso o suficiente para ser identificado a olho nu,” comenta Centurion.

A época dos meteoros: chuvas periódicas

Os meteoros não aparecem aleatoriamente; muitos deles estão vinculados a chuvas de meteoros que ocorrem em períodos específicos do ano. As mais famosas incluem a Eta Aquáridas, em abril e maio, e as Geminídeas, em dezembro. “Essas chuvas são resultantes de detritos de cometas ou asteroides que deixam vestígios de poeira em suas órbitas. Quando a Terra atravessa essas trilhas, os fragmentos são atraídos para nossa atmosfera, onde se transformam em meteoros,” explica Marco.

Dicas para observar fenômenos celestes

Para admirar as maravilhas do cosmos, Marco sugere que os interessados busquem locais afastados da iluminação urbana, pois a poluição luminosa pode prejudicar a visão do céu. “Utilizar binóculos, câmeras ou telescópios em áreas rurais é ideal para uma melhor observação. Aplicativos de astronomia também são úteis para localizar asteroides e meteoros próximos,” orienta.

Uma dica crucial é deixar os olhos adaptarem-se à escuridão por pelo menos 20 minutos antes de começar a observar. Isso facilita a visualização dos meteoros, ampliando a pupila. Durante esse período, deve-se evitar o uso de dispositivos eletrônicos, que podem prejudicar a adaptação da visão.

As próximas chuvas de meteoros que os observadores poderão acompanhar ocorrerão no final de julho, com a Alpha Capricornídeos e a Delta Aquáridas do Sul, que terão seus picos entre os dias 29 e 30. Para os entusiastas da astronomia, essas datas prometem ser momentos especiais para contemplar o céu.

Marco Centurion, com seu entusiasmo e conhecimento, é uma fonte de inspiração para aqueles que desejam explorar o universo e entender melhor os fenômenos celestes. Seu trabalho não é apenas sobre observação, mas também sobre educar e despertar a curiosidade sobre tudo o que acontece acima de nossas cabeças.

Fontes: g1

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