Brasil, 30 de junho de 2025
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13 fatos dos bastidores de “Tubarão” que mudam a sua visão do clássico

“Tubarão”, dirigido por Steven Spielberg em 1975, é considerado um marco na história do cinema de suspense. Mas o que poucos sabem é que a produção foi repleta de desafios e decisões inesperadas que moldaram o longa que conhecemos hoje.

Da paixão de Spielberg ao projeto na tela

Spielberg conseguiu ter acesso antecipado ao livro de Peter Benchley antes de sua publicação, percebendo imediatamente o potencial para um filme de sucesso. Apesar de os direitos já pertencerem a outros produtores, uma reunião com Benchley consolidou a parceria que daria origem ao clássico. Uma das mudanças mais marcantes na adaptação foi a eliminação de diversas subtramas, como o romance entre Ellen Brody e Matt Hooper, que no livro tinha um desenvolvimento mais detalhado e um final menos feliz.

A participação inesperada de Peter Benchley

Para dar um toque mais realista ao filme, o próprio autor de “Tubarão” faz uma rápida aparição como um repórter de TV transmitindo atualizações da praia, uma conexão natural devido à sua experiência anterior na televisão. Segundo relatos, uma das partes mais difíceis foi conquistar a atenção e confiança dos tubarões, o que culminou na contratação dos australianos Ron e Valerie Taylor para captar imagens reais de tubarões-brancos enfrentando um tanque de contenção. Apesar do esforço, as filmagens subaquáticas nem sempre correram conforme o esperado, reforçando os riscos enfrentados na produção.

Locação e tecnologia: o segredo por trás do tubarão

Embora Martha’s Vineyard fosse cenário para a fictícia Amity, o principal motivo da escolha foi a profundidade do oceano, facilitando a instalação do tubarão mecânico. Foram construídas três versões da criatura, apelidadas de Bruce, por Spielberg, por serem caras – cada uma custando cerca de US$ 250 mil. O chefão dos efeitos especiais, Bob Mattey, realizou as criações, que até hoje são consideradas obras-prima da engenharia de efeitos práticos.

A trilha sonora que virou ícone

John Williams criou a famosa “Tema de Jaws” ao piano, com notas baixas e ritmadas que elevam o suspense. Inicialmente, o compositor achou a melodia simples demais, enquanto Spielberg pensava que ela não tinha impacto. A combinação dessa música com a montagem à medida que o approach ao tubarão se tornava mais intenso marcou o tom do filme e se consolidou na cultura popular.

Inspirações e escolhas de elenco

O personagem Quint foi inspirado parcialmente por Craig Kingsbury, um marujo de Martha’s Vineyard que inicialmente foi considerado para o papel. A seleção de Robert Shaw para o papel, no entanto, acabou sendo decisiva. Antes de Dreyfuss aceitar o papel de Matt Hooper, Spielberg tentou recrutá-lo, mas o ator hesitava. Somente após uma segunda conversa, Dreyfuss se comprometeu, tendo sido recomendado por George Lucas, com quem tinha trabalhado em “American Graffiti”.

Imprevistos nos cenários e cenas cortadas

Apesar do sucesso, algumas cenas foram descartadas, como uma em que Quint interrompia uma exibição de “Moby Dick”, devido a questões de direitos autorais de Gregory Peck. Ainda, uma sequência crucial foi removida após a recusa de Peck em permitir o uso de sua imagem, uma decisão que mostrou o impacto de interesses de direitos na narrativa do filme.

Conflitos que quase apagaram estrelas

A relação entre Robert Shaw e Richard Dreyfuss foi marcada por tensões: Shaw, mais experiente, considerava Dreyfuss arrogante, enquanto o jovem ator se irritava com os excessos do colega. Brigas como uma sessão em que Dreyfuss jogou bourbon da mão de Shaw ou uma troca de extintor de incêndio entre os dois evidenciam o clima conturbado durante as filmagens.

O ícone que nasceu na improvisação

O famoso comando “Você vai precisar de um barco maior” foi uma improvisação de Roy Scheider, que saiu do script espontaneamente. A frase se tornou uma das citações mais representativas de “Tubarão” e simboliza a imprevisibilidade do medo na história.

Impacto e legado

Esses bastidores revelam que “Tubarão” não foi apenas uma obra de Spielberg, mas um filme plantado na coragem de seus criadores em enfrentar obstáculos técnicos, artísticos e pessoais. Hoje, ele permanece como uma referência na construção de suspense e efeitos práticos, inspirando gerações de cineastas.

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