O ano de 2025 entrou para a história da Fórmula 1 como um dos mais memoráveis e repletos de reviravoltas. Ao celebrar seu 50º aniversário, a categoria trouxe um formato renovado com 10 equipes e 20 pilotos, além de um evento especial que marcou o lançamento coletivo dos carros. Com promessas de mudanças, o que se viu foi um espetáculo de emoções e surpresas.
Início repleto de emoção e drama
A temporada teve um início que já prenunciava uma competição acirrada. Na primeira corrida, realizada na Austrália, os novatos enfrentaram sérias dificuldades, e Oscar Piastri, que corria em casa, teve um deslizamento que o afastou de um resultado promissor. Em seguida, na corrida da China, Lewis Hamilton fez uma breve aparição de destaque ao subir ao pódio, mas a Ferrari enfrentou um revés, sendo desclassificada na prova principal, algo que se repetiria em Las Vegas, onde a McLaren também passou por momentos complicados.
Caos, decisões e reviravoltas nos bastidores
Durante a abertura da temporada, a Red Bull fez mudanças drásticas ao rebaixar Liam Lawson para a Racing Bulls e promover Yuki Tsunoda à equipe principal. Contudo, essa decisão se mostrou errada ao longo do campeonato, resultando na troca de Tsunoda por Isack Hadjar para a temporada de 2026. O GP do Bahrein foi marcado por caos, com a transmissão se perdendo na tentativa de acompanhar George Russell e Lando Norris recebendo uma punição polêmica, em um clima de confusão generalizada. Por outro lado, na Arábia Saudita, Piastri se firmou como favorito ao título, aumentando sua liderança na classificação.
A novela Verstappen e o clima de instabilidade
Enquanto isso, fora das pistas, a saga envolvendo Max Verstappen e a Mercedes se arrastou por meses, mas, ao final, Russell renovou seu contrato com a equipe germânica e Verstappen permaneceu na Red Bull até 2028. A tensão nos bastidores afetava o desempenho das equipes, refletindo em decisões equivocadas e corridas caóticas.
Os meses quentes de maio e junho: Pilotos em ação
O mês de maio trouxe uma série de surpresas. O GP de Miami foi um verdadeiro espetáculo, incluindo chuva, uma vitória emocionante de Norris na corrida sprint, e um Verstappen que, mesmo saindo de um pit stop desastroso, conseguiu superar desafios a cada volta. Esta temporada ainda viu a chegada de novos rostos, como Kimi Antonelli, que fez história ao registrar a volta mais rápida durante a corrida de Mônaco, enquanto a Alpine passou por transformações dramáticas, com a saída de Jack Doohan e a entrada de Franco Colapinto.
Decisões que marcaram o campeonato
O GP da Espanha teve um impacto decisivo no campeonato, onde Verstappen perdeu o controle emocional e acabou punido por uma manobra arriscada contra Russell. Essa punição resultou em pontos preciosos que fariam falta ao final da temporada. Enquanto isso, Lance Stroll foi incapaz de competir no GP do Canadá devido a uma lesão, deixando Felipe Drugovich perto de substituir o piloto, um acontecimento que movimentou a torcida brasileira.
A glória e o caos do final da temporada
Com a aproximação do fim da temporada, Piastri parecia ter o campeonato sob controle, mas a pressão começou a afetá-lo. Norris, por outro lado, cresceu em momentos-chave, culminando em uma apresentação memorável no GP de São Paulo, em Interlagos. A corrida final em Abu Dhabi trouxe três pilotos na disputa pelo título, mas foi Norris quem cruzou a linha de chegada como campeão mundial pela primeira vez, encerrando um ano em que a Fórmula 1 se mostrou imprevisível e emocionante.
2025 será lembrado como um ano repleto de confusões, intensos dramas e mudanças significativas que explicam por que a Fórmula 1 continua a cativar milhões de fãs ao redor do mundo. A mistura de talento, estratégia e nervos em frangalhos foi o que fez deste campeonato um dos mais inesquecíveis da história.

