Brasil, 31 de dezembro de 2025
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Paz e boas energias: as superstições do ano novo

A virada do ano costuma ser marcada pela esperança de dias melhores. Na noite de 31 de dezembro, sorte e fé se misturam em rituais que atravessam gerações. Seja na cor da roupa, no que vai à mesa ou em pequenos gestos, cada pessoa encontra uma forma de pedir prosperidade para o ano que começa.

O significado cultural das superstições de Réveillon

A diversidade dessas tradições ajuda a explicar por que o Réveillon é celebrado de tantas maneiras diferentes no Brasil. A cultura brasileira é resultado do encontro de vários povos ao longo da história, e isso se reflete até hoje em costumes que ganham força especialmente nas festas e celebrações, como o Ano Novo.

Segundo o sociólogo José Maurício Rêgo, de Taubaté, a antropologia entende a cultura como um fenômeno que dá sentido à existência individual e coletiva. Para ele, celebrar também é uma forma de pertencimento, de se reconhecer como parte de um grupo.

“As comemorações e superstições acabam alimentando o sentimento de esperança. Elas estão conectadas à riqueza, ao progresso, à prosperidade e a todas as coisas boas que esperamos para o ano que se inicia”, explica José Maurício.

Principais superstições do Réveillon

Entre crenças e a busca por um novo começo, algumas superstições se tornaram tradição na virada do ano. Confira as principais:

Roupas brancas e amarelas

Usar branco na noite de Réveillon é uma tradição de origem afro-brasileira, especialmente ligada ao Candomblé. A cor simboliza paz, harmonia e equilíbrio, e representa o desejo de começar o novo ano com boas energias.

Já o uso de roupas amarelas remete ao desejo de ter prosperidade financeira no ano que chega, com a cor recordando o tom do ouro e do dinheiro. O amarelo também significa, no imaginário popular, a cor da luz, prosperidade e alegria.

Pular as sete ondas

Um ritual muito comum no litoral consiste em entrar no mar à meia-noite e pular sete ondas, fazendo pedidos a cada salto. A tradição tem ligação com religiões de matriz africana: na Umbanda, o número sete tem forte significado espiritual e está associado a Iemanjá, orixá ligada ao mar.

Lentilha e romã na ceia

Pratos com lentilha são comuns na ceia de Ano Novo. De origem italiana, a lentilha ganhou espaço nas celebrações em vários países. A crença associa o grão à prosperidade e ao sucesso financeiro, já que seu formato lembra pequenas moedas.

A romã também é lembrada em simpatias na virada do ano. A simpatia é simples: comer a fruta na virada do ano e guardar algumas sementes na carteira ao longo dos meses seguintes. A romã simboliza abundância, fertilidade e prosperidade.

Peixe para a prosperidade

Outro alimento que se faz presente na ceia de Ano Novo é o peixe. Presente em diferentes culturas, o peixe é associado à sorte e à fartura. Para os cristãos, representa os milagres de Jesus; já em outras tradições, simboliza fertilidade e prosperidade. Há ainda quem acredite que o peixe deve ser a única carne consumida no Réveillon, por ser um animal que se move sempre para frente.

As superstições e tradições do Réveillon no Brasil são um reflexo da riqueza cultural do país. À medida que o novo ano se aproxima, adultos e crianças se reúnem para celebrar, almejando um futuro promissor. E assim, entre cores, rituais e pratos típicos, o povo brasileiro se despede do ano que passou e dá as boas-vindas ao que está por vir, sempre cheio de esperança e de boas energias.

*Estagiária Júlia colaborou sob supervisão do g1.

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