Brasil, 31 de dezembro de 2025
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Jair Bolsonaro pede antidepressivos durante internação em Brasília

O ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente custodiado na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, solicitou aos seus médicos o uso de medicamentos antidepressivos durante o período em que está longe de sua liberdade. A informação foi confirmada pelo cirurgião-geral Cláudio Birolini, que integra a equipe responsável pela saúde do ex-mandatário.

Tratamento antidepressivo e saúde mental

O médico revelou que Bolsonaro pediu explicitamente para usar um antidepressivo, que foi introduzido na sua rotina médica. “Esse tratamento deve começar a ter efeito em alguns dias”, informou Birolini. O ex-presidente já havia utilizado antidepressivos anteriormente, porém em dosagens menores. Durante uma audiência realizada por videoconferência em novembro, após a decretação da prisão preventiva, Bolsonaro alegou que estava sob efeito de medicamentos no momento em que tentou remover sua tornozeleira eletrônica, utilizando solda.

Na ocasião, Bolsonaro mencionou ter começado a tomar um dos medicamentos, prescrito por uma médica que não faz parte de sua equipe habitual, apenas quatro dias antes do incidente. Entre os remédios citados por ele estavam a pregabalina, que é um anticonvulsivante frequentemente utilizado no tratamento de ansiedade, e a sertralina, um antidepressivo.

Internação e recuperação

Na manhã desta quarta-feira, Bolsonaro passou por uma endoscopia digestiva alta no Hospital DF Star, onde foi internado na semana anterior para realizar uma cirurgia de correção de uma hérnia inguinal bilateral. Após o procedimento, os médicos indicaram que ele deve receber alta no dia 1 de janeiro e retornar ao local de sua custódia na Polícia Federal.

O cardiologista Brasil Caiado, que compõe a equipe médica, explicou que a alta depende da Superintendência da Polícia Federal. “A nossa previsão de alta é para amanhã. Assim, o horário exato ainda não sabemos”, afirmou Caiado. A internação do ex-presidente foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, após avaliação que sugeriu a necessidade de intervenção médica.

Crises de soluços e complicações de saúde

Bolsonaro tem enfrentado crises de soluços, que levaram à realização de intervenções médicas para estabilizar sua condição. Na terça-feira, ele passou por um reforço no procedimento que o ajudaria a gerenciar esses episódios. Apesar dos desafios, Caiado relatou que Bolsonaro apresentou uma melhora, com tratamento que já começa a mostrar resultados. “As primeiras 24 horas nos deixaram otimistas”, comentou o médico.

A endoscopia realizada revelou que Bolsonaro apresenta um quadro de esofagite, que pode ser uma das causas subjacentes de seus soluços. O médico explicou que a esofagite e uma gastrite corrosiva foram identificadas como fatores possíveis para os incômodos que o ex-presidente vem enfrentando.

Histórico de saúde e aspectos pessoais

Além dos problemas gastrointestinais, Bolsonaro tem um histórico recente de hipertensão arterial. Um episódio agudo ocorreu no sábado, quando o ex-presidente respondeu de maneira diferente ao tratamento habitual, exigindo uma reajuste na medicação. Os médicos avaliaram que, caso não ocorram novas intercorrências, ele ficará internado até o dia de Ano Novo.

Bolsonaro, que cumpre pena em regime fechado devido à sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao envolvimento em uma trama golpista, já passou por múltiplas intervenções desde sua internação, que começou em 24 de dezembro. Trata-se da terceira ida ao centro cirúrgico desde então. Na segunda-feira, uma intervenção anestésica foi feita visando tratar problemas relacionados ao nervo frênico.

Considerações finais

Com a proximidade do réveillon, o ex-presidente deve celebrar a virada de ano enquanto ainda está sob cuidados médicos, sendo o prognóstico de alta um dos acontecimentos aguardados. A equipe médica continua monitorando a saúde de Jair Bolsonaro, que enfrenta um momento delicado tanto na esfera política quanto na pessoal, evidenciado por seu estado de saúde e necessidade de medicamentos como os antidepressivos solicitados.

Esta situação levanta questões importantes sobre o bem-estar mental de figuras públicas em tempos de crise, além do impacto físico que as pressões políticas podem causar. Para os brasileiros, acompanhar a recuperação de Bolsonaro é também um reflexo das complexidades do cenário político atual.

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