Após duas semanas de paralisação, a Refinaria Henrique Lage (Revap), da Petrobras, localizada em São José dos Campos (SP), retomou suas atividades. A greve dos petroleiros, que teve início em 15 de dezembro, foi encerrada nesta terça-feira (30) após aprovação de um acordo coletivamente negociado entre a empresa e os trabalhadores.
Motivos da Greve
A greve foi coordenada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e contou com a adesão de cerca de 320 trabalhadores na unidade de São José dos Campos. Os petroleiros apresentaram três principais reivindicações durante a mobilização: a assinatura de um Acordo Coletivo de Trabalho que não aplique ajustes fiscais sobre salários e carreiras, o equacionamento dos planos de aposentadoria da Petros, e o reconhecimento da Pauta pelo Brasil Soberano, que defende a Petrobrás como uma empresa estatal e sólida.
A paralisação teve a participação de aproximadamente 40% dos 800 funcionários efetivos da Petrobras presentes na refinaria, com o objetivo de não interromper completamente a produção. A empresa destacou que, apesar das greves, a produção e o abastecimento não sofreram impactos significativos.
Resultados da Negociação
Em um comunicado ao g1, a Petrobras afirmou que, após intensos esforços de negociação nos últimos quatro meses, todas as bases sindicais acabaram por aprovar a proposta do Acordo Coletivo de Trabalho referente ao período de 2025 a 2027, o que possibilitou o encerramento do movimento grevista.
A volta dos trabalhadores à rotina de trabalho é vista como uma vitória tanto para a categoria quanto para a empresa, que busca estabilizar suas operações em um cenário de crescente competitividade no mercado de petróleo. Os petroleiros expressaram satisfação com o resultado das negociações, ressaltando a importância do diálogo na construção de um ambiente de trabalho sustentável.
Impacto e perspectivas futuras
Com a interrupção da greve, a Revap espera retomar sua capacidade de produção plena e atender à demanda do mercado interno. A refinaria desempenha um papel crucial na produção de combustíveis e outros derivados de petróleo, servindo a uma vasta região do Vale do Paraíba e adjacências.
A expectativa é que, a partir de agora, a empresa e seus funcionários consigam trabalhar em conjunto para promover um ambiente de trabalho mais justo e produtivo. O sucesso dessas negociações é fundamental para garantir a continuidade dos serviços prestados pela refinaria e a estabilidade do mercado de combustíveis na região.
Além disso, os petroleiros reafirmaram a necessidade de que suas pautas sejam respeitadas e discutidas em futuras negociações, destacando a importância de um diálogo contínuo para evitar novas paralisações.
A mobilização dos trabalhadores na Revap não só destacou a força da categoria, mas também evidenciou a relevância das pautas trabalhistas e sociais no atual contexto econômico, onde muitas vezes os direitos dos trabalhadores podem ser colocados em risco. Em meio a um ambiente econômico desafiador, é vital que as empresas reconheçam e respeitem a importância do seu capital humano.
Após o término da greve, fica a expectativa de que novos entendimentos continuem a ser construídos entre a Petrobras e seus colaboradores, garantindo a proteção dos direitos trabalhistas e a valorização dos profissionais que desempenham funções essenciais para o funcionamento do setor energético brasileiro.
As novidades sobre o andamento das operações e a situação dos trabalhadores da Revap podem ser acompanhadas pelas principais mídias locais e sindicais, que seguem atentos aos desdobramentos deste importante segmento da economia brasileira.


