Brasil, 31 de dezembro de 2025
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Correios adiam pagamento de R$ 702 milhões em dívidas trabalhistas

Um recente acordo entre o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e a empresa Correios adiou o pagamento de R$ 702 milhões em dívidas trabalhistas que deveriam ser quitadas pela estatal até esta quarta-feira (31/12). A decisão, tomada antes da conclusão sobre o dissídio coletivo entre a empresa e seus funcionários, ocorreu na última terça-feira (30/12).

A medida e suas implicações

A medida foi adotada após um pedido dos Correios, o qual foi integralmente aceito pelo TST. Segundo a estatal, as dívidas são oriundas de causas trabalhistas perdidas ao longo dos anos. Além de suspender a cobrança por 90 dias, o pagamento será parcelado em nove vezes, com previsão de quitação total até dezembro de 2026.

O presidente do TST, Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, destacou que a situação financeira da estatal apresenta um risco iminente de prejuízos irreparáveis. Com isso, a adoção de medidas específicas e urgentes tornou-se necessária para mitigar os impactos da crise financeira.

“A atividade empresarial deverá ser preservada sempre que possível, em razão de sua função social”, afirmou Mello Filho.

O pedido dos Correios busca reestruturar as contas da empresa, que enfrenta uma crise financeira severa. O presidente do TST também proibiu tribunais regionais de bloquearem bens da estatal em relação às causas mencionadas, determinando que os credores não terão o direito de contestar a decisão.

O plano de pagamentos seguirá uma ordem cronológica, priorizando as sentenças mais antigas. Esta reestruturação tem o intuito de reconduzir a empresa ao caminho da recuperação e da viabilidade financeira.

Entenda a situação dos Correios

A crise enfrentada pelos Correios é resultado de diversos fatores acumulados ao longo dos anos. A estatal tem observado uma queda significativa em suas receitas nos segmentos tradicionais, o que, combinado ao aumento dos custos operacionais, resultou em perdas logísticas consideráveis.

Embora o crescimento do e-commerce tenha gerado uma demanda parcial, isso não foi suficiente para compensar as lacunas estruturais, junto a investimentos não realizados e a concorrência crescente do setor privado. Diante disso, a empresa está em busca de um plano de reestruturação eficaz para superar seus desafios financeiros.

As fases do plano de reestruturação

A proposta de reestruturação dos Correios será implementada em três fases distintas:

1. Recuperação de liquidez

A primeira fase visa recuperar a liquidez da empresa, prevista através de um empréstimo de R$ 12 bilhões com a colaboração de cinco instituições financeiras.

2. Reorganização e modernização

A segunda fase, que acontecerá entre 2026 e 2027, focará na reorganização e modernização da companhia. Entre as medidas anunciadas estão a proposta de desligamento voluntário de 15 mil funcionários e o fechamento de cerca de mil unidades dos Correios pelo Brasil. Também haverá uma revisão dos cargos de média e alta remuneração e dos planos de saúde e previdência.

3. Consolidação de um novo modelo de negócios

A terceira e última fase, que se estenderá até 2027, será voltada para a modernização e inovação dos serviços, buscando parcerias e novas fontes de receita.

A reestruturação dos Correios é um reflexo não apenas das dificuldades financeiras que a estatal enfrenta, mas também de um cenário em constante evolução, onde a adaptação se torna uma necessidade para a sobrevivência no mercado. Acompanhar as próximas etapas desse processo será fundamental para entender o futuro da empresa e sua relevância no Brasil.

Para mais detalhes sobre a situação atual e os próximos passos dos Correios, acesse a reportagem completa através deste link.

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