Brasil, 31 de dezembro de 2025
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China restringe importações de carne bovina do Brasil

O governo chinês comunicou que começará a aplicar uma nova política de restrição às importações de carne bovina a partir desta quinta-feira, 1º de janeiro. A medida, que envolve a implementação de cotas de importação e tarifas adicionais para volumes excedentes, tem impacto direto sobre o Brasil, principal fornecedor da carne ao país asiático.

Novas cotas de importação e tarifas elevadas

Segundo anunciado pelo Ministério da Agricultura da China, o Brasil terá uma cota de pouco mais de 1 milhão de toneladas anuais para exportação da carne bovina. Quem ultrapassar esse limite estará sujeito a uma tarifa de 55%. A medida visa proteger a produção local e equilibrar as importações, com as remessas que excederem os limites sendo tarifadas de forma adicional.

Negociações e detalhes sobre a implementação

Fávaro, ministro da Agricultura, afirmou que as negociações para a implementação definitiva estão em andamento. “Vamos discutir, a partir de janeiro de 2026, se a cota será baseada no que foi embarcado, no que foi recebido, entre outros detalhes menores”, explicou. Além disso, a China também permitirá que países transferiram cotas não utilizadas para o Brasil, criando uma dinâmica de negociações internas.

Impacto para o Brasil e outros fornecedores

Além do Brasil, países como Argentina, Uruguai e Nova Zelândia também terão direito a enviar volumes de carne alinhados às suas participações de mercado na China. Por outro lado, produtores menores, como Mongólia, Coreia do Sul e Tailândia, ficarão isentos dessas restrições.

Reação do setor e contexto internacional

Fávaro destacou que a medida da China já era prevista e reafirmou que não há discriminação contra o Brasil. “Essa salvaguarda existe há pelo menos um ano e é uma estratégia da China para proteger sua produção local”, afirmou. Apesar disso, a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) demonstrou preocupação com o impacto imediato sobre as exportações brasileiras. Segundo a entidade, a medida pode prejudicar o desempenho comercial e agravar o momento delicado que a pecuária brasileira atravessa, marcado por redução de oferta e transição no ciclo produtivo.

Perspectivas e próximos passos

Mesmo com o medo de efeitos negativos, o Ministério da Agricultura afirma que negociará detalhes com a China e que a medida visa um equilíbrio de mercado global. Segundo o órgão, a aplicação da cota e tarifas será ajustada ao longo do tempo, com negociações que continuarão em janeiro de 2026.

Para mais detalhes, confira a matéria completa no fonte original.

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