O Sistema Produtor do Alto Tietê (SPAT) finalizou o mês de dezembro com uma preocupante diminuição em sua capacidade de armazenamento de água, alcançando apenas 19,9%. Este número é o mais baixo já registrado desde a crise hídrica que afetou o estado de São Paulo em anos anteriores. Os dados foram divulgados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e trazem à tona a necessidade urgente de medidas para enfrentar a escassez hídrica na região.
Comparativo histórico e questões de precipitação
Em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o reservatório operava com 37,9%, a atual situação é alarmante. Além disso, este índice se aproxima dos piores resultados vistos em 2014, um ano notório por seus desafios relacionados à água. Em relação a novembro de 2023, o volume de água acumulada apresentou leve aumento, subindo de 19,3% para 19,9%, mas isso não é razão para alívio, pois as quedas vêm se intensificando desde abril deste ano.
O mês de dezembro de 2023 também registrou uma precipitação aquém do esperado, com apenas 83,9% da quantidade de chuvas esperadas. Foram 148,7 milímetros de chuva, enquanto a média histórica para o mês é de 177,3 milímetros. Este déficit nas chuvas contribui para a escassez que hoje aflige a região do Alto Tietê.
O impacto da crise hídrica
O SPAT é vital para abastecer mais de 4,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo, abrangendo cidades como Suzano e Salesópolis. Com as represas operando em níveis tão baixos, a segurança hídrica de toda a região está em risco. A diminuição da capacidade dos reservatórios não apenas afeta o abastecimento de água para o consumo diário, como também prejudica atividades econômicas, principalmente aquelas que dependem de água, como a agricultura.
A necessidade de ações imediatas
Diante deste cenário crítico, a Sabesp e os órgãos governamentais precisam urgentemente implementar medidas que visem a conservação da água e o uso mais eficiente dos recursos hídricos disponíveis. Iniciativas como a reuso de água, campanhas de conscientização e investimentos em infraestrutura de captação de água da chuva podem ajudar a mitigar os efeitos da escassez.
Monitoramento e Prognóstico
Sob um olhar atento da população e dos gestores, é essencial que o monitoramento das represas e das condições climáticas continue, permitindo ações rápidas e eficazes diante de possíveis novas crises. O engajamento da comunidade na preservação dos recursos hídricos é igualmente crucial. Somente com a colaboração entre cidadãos, autoridades e especialistas será possível enfrentar de maneira efetiva a atual e futura crise hídrica que se aproxima.
Assim, enquanto o mês de dezembro traz números preocupantes, a esperança de uma gestão mais eficiente e consciente dos recursos hídricos poderá trazer um futuro mais seguro em relação ao abastecimento de água na Grande São Paulo.
Para mais notícias sobre a situação hídrica e sua evolução, acesse: G1 – Sistema Alto Tietê.


