Brasil, 31 de dezembro de 2025
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BRB não recuperou R$ 2,5 bilhões investidos na compra de carteira do Banco Master, revela depoimento no STF

O Banco Regional de Brasília (BRB) não conseguiu recuperar R$ 2,5 bilhões investidos na aquisição de carteiras de crédito do Banco Master, de acordo com depoimento do ex-presidente Paulo Henrique Costa nesta terça-feira no STF. A operação, que envolveu uma tentativa de compra rejeitada pelo Banco Central, gerou uma complexa investigação que ainda está em andamento.

Investimentos e operação frustrada

O BRB havia comprado R$ 12,7 bilhões em carteiras de crédito do Master, consideradas inconsistentes pelo Banco Central (BC). Depois, trocou ativos no valor de R$ 10,2 bilhões, restando uma cifra de R$ 2,5 bilhões que não foi recuperada após a operação frustrada de aquisição. |Segundo Costa, o processo de recuperação desses recursos foi interrompido com a liquidação do banco de Vorcaro decretada pelo BC em novembro passado.

Implicações do processo e apuração

O diretor de fiscalização do BC, Ailton de Aquino, também foi ouvido nesta semana, mas foi dispensado da acareação, que buscava confrontar as informações de Vorcaro e Costa sobre as substituições de carteiras de crédito. A Polícia Federal investiga a transação no âmbito da Operação Compliance Zero, ligada às suspeitas de fraudes e irregularidades na operação.

Posição do BRB e recomendações

Em nota oficial, o BRB afirmou aguardar o encerramento da apuração para avaliar possíveis prejuízos. A instituição também ressaltou que, dos R$ 12,76 bilhões expostos na operação, mais de R$ 10 bilhões já foram liquidados ou substituídos, e que todo o procedimento foi monitorado pelo Banco Central. |Segundo a instituição, o restante dos ativos não representa exposição direta ao banco.

Garantias e riscos

Apesar da suspeita de fraudes na compra, Costa garantiu que o banco não deverá registrar prejuízo, pois há R$ 1,7 bilhão em títulos do governo norte-americano em liquidação e R$ 9 bilhões em garantias adicionais, sustentando a operação. Segundo fontes que acompanharam os depoimentos, a troca de ativos foi feita com deságio de 30% e outros ativos poderiam ser desenvolvidos ou vendidos futuramente.

Reações e versões

O advogado de Costa, Cléber Lopes, afirmou que não houve contradições entre os depoimentos e que as diferenças de percepções quanto aos fatos não comprometem a narrativa. Lopes destacou que as declarações foram respondidas de forma formal e fundamentada durante as duas horas de procedimentos no STF.

Perspectivas futuras

A apuração continua em andamento, com a expectativa de esclarecer as reais perdas do BRB na operação e avaliar possíveis implicações na sua proveniência financeira. As investigações ainda identificam o impacto das operações do banco na sua exposição financeira, além de buscar evidências sobre possíveis fraudes ligadas ao negócio com o Banco Master.

Mais informações podem ser acessadas na matéria completa do O Globo.

Economia, Bancos e Finanças, Operações Financeiras, Investimentos, Autoridades

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